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    Passaporte vacinal não é decisão política, é decisão técnica, diz infectologista

    STF deu prazo de 48 horas para que ministérios se manifestem sobre a exigência do passaporte vacinal ou quarentena para a entrada de viajantes no país

    Anna Gabriela Costada CNN , em São Paulo

    Em entrevista à CNN, nesta segunda-feira (6), a infectologista e epidemiologista Luana Araújo falou sobre a importância da exigência do passaporte da vacina para conter a Covid-19 no Brasil. Para a médica, a decisão não deve ser política, mas técnica, considerando o surgimento de novas variantes e a baixa adesão vacinal em alguns estados.

    “A sensação é que a gente continua na vanguarda da estupidez mundial, a gente continua tomando decisões atrasadas, erradas, a gente continua sem seguir a ciência. Passaporte vacinal não é uma decisão política, é uma decisão técnica, ela existe para várias outras doenças, como a febre amarela. Não tem lógica, é uma questão de proteção populacional”, disse.

    Nesta segunda-feira, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso determinou o prazo de 48 horas para que os ministérios da Casa CivilJustiçaSaúde e Infraestrutura se manifestem sobre a exigência do passaporte da vacina ou quarentena obrigatória para a entrada de viajantes no Brasil.

    “O passaporte vacinal ou a necessidade de vacinação não é um cerceamento de liberdade, as pessoas precisam parar de associar essas coisas. Quando você diz que alguém não pode fumar dentro de um avião, isso não é cerceamento de liberdade, isso é proteção da saúde de quem está dentro do avião, essa decisão é deletéria e só ajuda quem tem interesses diferentes do bem comum”, afirmou a infectologista à CNN.

    Luana Araújo falou sobre a importância da dose de reforço, entretanto, destacou que os estados que diminuem o intervalo entre a segunda dose e o reforço devem se atentar ao equilíbrio de distribuição de imunizantes entre as regiões do país.

    “Ainda temos no país uma desigualdade muito grande em termos de cobertura vacinal, temos estados com menos de 40% de cobertura e esses estados são não só nascedouros de novas variantes, como também são alvo claro para uma variante como a Ômicron. E normalmente são estados com dificuldade em seu sistema de saúde público”, reiterou a infectologista.

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