Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Pandemia reduz expectativa de vida no Brasil em 4,4 anos, diz especialista

    Pesquisadora do Ipea estima que brasileiros vivam atualmente até os 72,2 anos; antes da Covid-19, média de longevidade era de 76,6 anos

    Rayane RochaThayana AraújoLucas Janoneda CNN , no Rio de Janeiro

    A pandemia da Covid-19 diminuiu a expectativa de vida dos brasileiros em aproximadamente 4,4 anos. É o que aponta um levantamento elaborado, nesta segunda-feira (21), pela especialista em demografia do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Ana Amélia Camarano.

    Em 2019, antes da chegada do novo coronavírus, a média de longevidade brasileira era de 76,6 anos. Em contrapartida, somente entre março de 2020 e dezembro de 2021, caiu para 72,2 anos.

    “Se a pandemia continuar, a expectativa de vida vai continuar caindo, infelizmente. Isso tudo aconteceu por causa da sobrecarga dos hospitais e aumento de mortes por Covid-19 durante os últimos dois anos. Para reverter o cenário, precisamos em primeiro lugar acabar com essa crise sanitária. Depois disso, é necessário investir em saúde no Brasil visando o longo prazo”, disse Camarano.

    A pesquisadora afirma ainda que a crise sanitária também deve desacelerar o crescimento da mão de obra em pelo menos uma década no Brasil. Dessa forma, os números mostram que, nos próximos anos, o país terá um menor número de brasileiros integrando a População Economicamente Ativa (PEA) e, consequentemente, sofrerá com uma menor oferta de trabalhadores.

    Com a pandemia, morreram mais pessoas e os casais adiaram o planejamento de ter filhos, o que acelerou a queda da taxa de natalidade.

    Os cálculos da pesquisadora indicam que a população brasileira deve diminuir significativamente com o decorrer dos anos. Tendo como base os 204,6 milhões de cidadãos que o Brasil tinha em 2020, Camarano estima um pequeno crescimento até 2025, com uma expectativa populacional de 212,2 milhões de pessoas.

    Já em 2030, Camarano aponta que o país deve ter 209,7 milhões de pessoas. Ao longo dos anos, segundo ela, a tendência é haver uma queda da taxa de natalidade e a população envelhecer cada vez mais.

    Tópicos