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    Pandemia está em platô no Brasil, diz secretário do Ministério da Saúde

    Para Rodrigo Cruz, 'não podemos afirmar que não haverá uma terceira onda'

    Murillo Ferrari, da CNN, em São Paulo

    Com a estabilização do número de infectados e mortos pelo novo coronavírus no Brasil, a pandemia está em situação de platô (estabilização), de acordo com avaliação do secretario-executivo do Ministério da Saúde, Rodrigo Cruz.

    “Estamos num cenário de arrefecimento da curva – a gente observa isso nos dados de contaminação e de óbito –, mas isso não faz com que a gente relaxe com essas medidas”, disse Cruz, em entrevista à analista de política da CNN Basília Rodrigues, ao se referir a medidas não farmacológicas, como uso de máscara, higienização das mãos e distanciamento entre as pessoas.

    Ele disse que ainda é cedo para afirmar se o país corre o risco de ter uma terceira onda da doença.

    “É tudo muito novo, estamos estudando, então não podemos afirmar que não haverá uma terceira onda. É importante mencionar que o ministro [Marcelo Queiroga] solicitou a todos os técnicos do Ministério que façam um monitoramento caso isso ocorra”, explicou.

    Ele disse que estão sendo acompanhados os estoques dos principais insumos, com a criação de um estoque mínimo de medicamentos para que a pasta esteja preparada para o caso de uma nova onda da doença.

    Cruz também afirmou que desde que Queiroga assumiu a pasta, não foi feita distribuição de cloroquina para o tratamento de pacientes com Covid-19 – mesma afirmação que o ministro fez à CPI da Pandemia na semana passada – apesar de números do próprio ministério mostrarem o contrário.

    “Importante mencionar que esse medicamento é utilizado para enfrentamento de malária e de outras doenças e que indígenas fazem uso constante.”

    Rodrigo Cruz, secretário-executivo do Ministério da Saúde
    Rodrigo Cruz, secretário-executivo do Ministério da Saúde, falou sobre combate à pandemia de Covid-19 no país
    Foto: CNN Brasil (11.mai.2021)

    Compra de vacinas

    De acordo com Cruz, o Ministério já assinou o contrato para a compra adicional de 100 milhões de doses da Pfizer e aguarda apenas que a farmacêutica também assine o acordo para oficializá-lo.

    “A expectativa que seja assinado hoje, é só uma questão de fuso-horário. Importante mencionar que as primeiras 100 milhões de doses já estão em execução. Recebemos em abril 1 milhão de doses, em maio estamos recebendo carregamentos semanais da ordem de 630 mil doses por semana, que totalizam 2,5 milhões no mês, e há a expectativa de receber, em junho, 12 milhões de doses desse imunizante”, explicou.

    Ele disse ainda que a medida provisória assinada na véspera pelo governo, com a liberação de R$ 5 bilhões, permitirá também a compra de mais 50 milhões de doses de vacina da AstraZeneca a partir de ingrediente farmacêutico ativo (IFA) importado.