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    Países precisam ter uma maior cobertura vacinal, diz vice-diretora da OMS

    De acordo com a organização, mais de 80% das vacinas contra a Covid-19 foram destinadas a países de renda alta e média-alta

    Produzido por Layane Serranoda CNN , em São Paulo

    Em entrevista à CNN nesta segunda-feira (23), Mariângela Simão, vice-diretora geral da área de medicamentos, vacinas e produtos farmacêuticos da OMS (Organização Mundial da Saúde), afirmou que para controlar a pandemia do novo coronavírus é preciso que todos os países do mundo tenham uma boa cobertura vacinal de suas populações. 

    A OMS pediu que os países aguardem até o final de setembro para começar a aplicar a terceira dose de vacina contra a Covid-19. A ideia é permitir que pelo menos 10% da população de cada país seja vacinada. De acordo com a organização, mais de 80% das vacinas foram destinadas a países de renda alta e média-alta.

    Aqui no Brasil, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) recomendou que seja aplicada a terceira dose da Coronavac em idosos e pacientes com sistema imunológico comprometido, mas o Ministério da Saúde ainda não definiu data para isso.

    “Nós buscamos evitar que a concentração de vacinação no hemisfério norte, principalmente nos países de renda mais alta, acontecesse. Por isso, a OMS, no ano passado, já organizou com os países parceiros, e o Brasil faz parte, aquele consórcio global, o Covax Facility”, disse Mariângela.

    Segundo a vice-diretora da OMS, porém, o consórcio foi restringido pela quantidade de acordos bilaterais que os países ricos fizeram com laboratórios.

    “Se você não tiver uma maior cobertura vacinal em todos os países, não adianta ter 50%, 60% da sua população vacinada. Adianta porque diminui as hospitalizações, mas ainda teremos surtos porque as variantes vão [continuar surgindo]”, lembrou ela.

    Fotos – vacinação no Brasil e no mundo

    [cnn_galeria id_galeria=”439988″ title_galeria=”Veja a vacinação contra a Covid-19 no Brasil e no mundo”/]

    “É uma questão de interesse individual de cada país, de que todos os países subam a cobertura vacinal, e é de interesse moral e ético de saúde pública. Nenhum país vai conseguir controlar a fase aguda da pandemia se não tiver uma maior cobertura vacinal em todos os países.”

     

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