Países devem acelerar vacinação de população vulnerável contra a Ômicron, alerta OMS
Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS, orientou que os governos devem intensificar esforços para diminuir a transmissão da Covid-19
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A variante Ômicron impõe um desafio para cientistas e autoridades de saúde no Brasil e no mundo. Enquanto os pesquisadores se debruçam sobre estudos acerca da transmissibilidade, capacidade de provocar doença grave e impactos sobre a eficácia das vacinas, a Organização Mundial da Saúde (OMS) reforça a necessidade de compartilhamento de informações sobre dados da variante.
Em coletiva de imprensa realizada nesta quarta-feira (8), o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, reafirmou o alerta da instituição de que os países devem reforçar as estratégias de vigilância do vírus, ampliando a testagem e o sequenciamento genômico das amostras.
De acordo com Ghebreyesus, perguntas cruciais sobre a nova variante permanecem sem respostas. No entanto, os governos já podem agir para reduzir os potenciais impactos da linhagem.
“Todos os governos devem reavaliar e revisar seus planos nacionais, com base na situação atual e em suas capacidades nacionais; acelerar a cobertura vacinal nas populações de maior risco, em todos os países”, disse Ghebreyesus.
A OMS orientou que os governos devem intensificar os esforços para diminuir a transmissão e mantê-la a níveis baixos, a partir da combinação de medidas de saúde pública.
No pronunciamento à imprensa, o diretor-geral da OMS afirmou que as características da variante Ômicron só serão conhecidas com o avanço nos estudos e que o compartilhamento dos dados científicos neste momento é fundamental.
“Novos dados surgem a cada dia, mas os cientistas precisam de tempo para concluir os estudos e interpretar os resultados. Devemos ter o cuidado de tirar conclusões até que tenhamos um quadro mais completo. Todos os dias, a OMS está reunindo milhares de especialistas em todo o mundo para compartilhar e analisar dados e impulsionar a pesquisa”, afirmou.
A OMS recomendou que os países evitem proibições de viagens “ineficazes e discriminatórias”. Para reduzir os riscos de transmissão, as pessoas devem manter o distanciamento social, evitar aglomerações, usar máscaras, higienizar as mãos com frequência e priorizar encontros em ambientes abertos e ventilados.