OMS quer reduzir consumo de sódio mundial em até 30% nos próximos 4 anos
No quadro Correspondente Médico, neurocirurgião Fernando Gomes explicou a relação entre comer muito sal e doenças cardiovasculares
Na edição desta quinta-feira (6) do quadro Correspondente Médico, do Novo Dia, o neurocirurgião Fernando Gomes explicou por que a Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou uma meta para redução do consumo de sódio no planeta. Até 2025, a proposta é reduzir o sódio nas refeições em até 30%.
A entidade recomenda que o consumo diário de sal não ultrapasse 5 gramas. A meta será um desafio maior para o Brasil: segundo o Ministério da Saúde, cada brasileiro consome uma média de 9,3 gramas de sal por dia. Com a redução proposta pela OMS, a meta é reduzir para 6,5 gramas por dia.
“O sal impacta o paladar de maneira encantadora para o cérebro e isso acaba sendo o grande vilão. É a graça e a desgraça ao mesmo tempo. O brasileiro consome quase o dobro de sal recomendado pela OMS”, destacou o médico.
“Existe uma grande correlação entre consumo de sal e a presença de doenças que vão impactar em comorbidades, e também no aumento da mortalidade”, apontou Gomes. “Temos a hipertensão arterial sistêmica, por exemplo, em que a gente sobrecarrega o nosso corpo, todo o aparelho excretor e os rins também precisam trabalhar mais.”
“Tudo isso aumenta a chance de infartos, AVC, e outros problemas vasculares que seriam evitáveis se tivéssemos consumindo menos sal”, concluiu Gomes.