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    OMS diz que mundo não deve aceitar 50 mil mortes semanais por Covid-19

    Em coletiva de imprensa, Tedros Adhanom afirmou que, apesar de recorde de 15 milhões de casos em uma semana, mortes estão estáveis desde outubro

    Renata SouzaVinícius Bernardesda CNN* , em São Paulo

    O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, afirmou em coletiva de imprensa nesta quarta-feira (12) que o mundo não pode aceitar 50 mil mortes por semana em decorrência da Covid-19.

    Segundo Adhanom, embora esse número de mortes semanais se mantenha estável desde outubro do ano passado, o saldo ainda é alto demais.

    Em relação ao número de casos, o diretor-geral destacou o recorde mundial desde o início da pandemia registrado na semana passada: 15 milhões de infectados em sete dias.

    O aumento nos casos em diversos países vem sendo atribuído à variante Ômicron. Considerada como “variante de preocupação” pela OMS, a Ômicron é altamente transmissível, apesar de induzir a casos menos graves da doença.

    “Sejamos claros: embora a Ômicron cause doenças menos graves que a Delta, ela continua sendo um vírus perigoso, principalmente para aqueles que não foram vacinados”, enfatizou o diretor-geral.

    Vacinação

    O menor nível de hospitalizações por Covid-19 tem sido atrelado, além da gravidade da Ômicron, ao avanço da vacinação. Sobre isso, Adhanom destacou que a desigualdade na imunização ainda é um desafio para o mundo.

    De acordo com o diretor-geral da OMS, na África, mais de 85% da população não recebeu sequer uma dose da vacina contra à Covid.

    “Não podemos encerrar a fase aguda da pandemia a menos que fechemos essa lacuna”, afirmou Tedros.

    A meta da OMS é vacinar pelo menos 70% da população de todos os países este ano. No entanto, 90 países ainda não atingiram a marca de 40% de vacinados.

    O Grupo Consultivo Técnico sobre Composição de Vacinas de Covid-19, formado pela OMS, também alertou para a necessidade de serem desenvolvidas vacinas mais eficazes na prevenção de infeções e transmissão.

    No entanto, até lá, é urgente ampliar o acesso às vacinas disponíveis — “muito eficazes na prevenção de doenças graves e morte”, segundo o diretor-geral.

    Covid-19 e gestantes

    Tedros Adhanom encerrou sua fala destacando a importância da imunização de grávidas. As gestantes fazem parte do grupo com maior risco de desenvolver quadros graves quando infectadas pelo novo coronavírus.

    “É por isso que é vital que as mulheres grávidas em todos os países tenham acesso a vacinas para proteger suas próprias vidas e as de seus bebês”, disse o diretor.

    O apelo também se estendeu para que gestantes sejam incluídas nos estudos clínicos de novos tratamentos e vacinas.

    *Sob supervisão de Rafaela Lara

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