OMS: 172 países aderiram a plano para fornecimento de vacina contra Covid-19
Batizada de Covax, iniciativa da Organização Mundial da Saúde quer garantir preços baixos e disponibilizar 2 bilhões de doses aos países que se inscreverem
Ao menos 172 países estão envolvidos no plano da Organização Mundial da Saúde (OMS), batizado de Covax, desenvolvido para garantir acesso igualitário a vacinas contra o novo coronavírus, disse a OMS nesta segunda-feira (24).
A organização, no entanto, afirmou que é necessário mais financiamento urgentemente e que os países devem fazer compromissos vinculantes.
Os países que quiserem fazer parte do Covax têm até o dia 31 de agosto para manifestarem seu interesse, disseram representantes da OMS. Depois, devem confirmar a intenção de adesão até 18 de setembro e realizarem os pagamentos iniciais até 9 de outubro.
O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou que o plano é crítico para acabar com a pandemia de Covid-19 e não só diminuiria o risco para os países que desenvolvem e compram vacinas, mas também garantiria que os preços fossem mantidos “o mais baixo possível”.
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“O nacionalismo vacinal só ajuda o vírus”, disse ele em entrevista coletiva nesta segunda. “O sucesso do mecanismo Covax depende não apenas dos países que o assinam, mas também do preenchimento de lacunas de financiamento.”
A Covax é co-liderada pela aliança de vacinas GAVI, pela OMS e pela Coalizão para Inovações em Preparação para Epidemias (CEPI) e foi projetada para garantir o acesso equitativo globalmente às vacinas contra Covid-19 assim que elas forem autorizadas para uso.
Atualmente, o programa cobre 9 possíveis vacinas contra o novo coronavírus e seu objetivo é garantir o estoque e fornecimento de 2 bilhões de doses, até o final de 2021, para todos os países que se inscreverem no programa.
“Inicialmente, onde haverá fornecimento limitado (de vacinas contra Covid-19), é importante dar a vacina àqueles em maior risco ao redor do globo”, disse da OMS.
Ele afirmou que isso inclui os profissionais de saúde na linha de frente da pandemia, que são “essenciais para salvar vidas e estabilizar o sistema de saúde”.