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    O que é a síndrome rara associada à Covid-19, que causou morte de criança em PE

    Infectologista fala sobre síndrome associada ao vírus que já deixou ao menos 12 mortes no país

    O Brasil começou a registrar casos de uma síndrome rara que atinge crianças infectadas com Covid-19. A doença tem se manifestado em crianças que contraíram o novo coronavírus, mas os médicos ainda não sabem ao certo qual a relação entre as duas doenças. De acordo com o levantamento da CNN, até o momento, 174 casos foram confirmados e 12 mortes registradas no país.

    O estado de Pernambuco registrou na terça-feira (25) a primeira morte causada pela Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica (SIM-P) e contabilizou mais um caso em tratamento, uma semana depois. À CNN, Marcos Paulo Guchert, Infectologista pediátrico e diretor técnico do Hospital Infantil Joana de Gusmão explicou a relação entre a doença rara e o vírus. 

    “Ela é uma síndrome muito semelhante a outras síndromes que identificávamos após outras infecções entre a população pediátrica. Esta síndrome é, temporariamente, relacionada ao novo coronavírus. Alguns dias após a infecção aguda pela doença, a criança manifesta sintomas desta sindrome. O que acontece é que esta síndrome inicial na criança e no adolescente pode não apresentar nenhum sintoma”, explica.

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    Foto: Reprodução/ Agência Brasil

    De acordo os relatos, os pacientes têm apresentado manchas pelo corpo, olhos vermelhos, barriga inchada e febre, entre outros sintomas.

    “Ao contrário da fase aguda da Covid-19, na SIM-P os sintomas mais comuns são febre prolongada, lesões pelo corpo, olhos avermelhados, a criança pode desevolver um quadro de insuficiência respiratória. No entanto, os sintomas que chamam mais a atenção são as dores abnominais, vômitos e diarreia”, reforçou o infectologista.

    Desde abril o mundo vem acompanhando os casos de uma sindrome rara que atinge principalmente crianças e adolescentes. Para diagnóstico, o médico afirma que é necessário “ter um alto índice de suspeição pelo médico que está atendendo a criança para identificar a síndrome”.

    E completou: ” A doença pode deixar sequelas, pricipalmente cardiovascular (…) Como ela é uma síndrome grave, estas crianças precisam ser tratadas e internadas. No hospital é dado o tratamento de suporte, fornecido oxigênio quando necessário, drogas para a manutenção da pressão arterial e hidratação do paciente. Os pilares do tratamento incluem o controle desta resposta inflamatória do organismo e drogas para o controle da coagulação”, finalizou.

    (edição de texto: Luiz Raatz)