O Grande Debate: Gabriela Prioli e Tomé Abduch debatem internação compulsória
Prioli e Abduch – que substitui Caio Coppolla em licença médica – debatem sobre a medida adotada pelo governo
Por causa do avanço do novo coronavírus no Brasil, os ministérios da Saúde e da Justiça e Segurança Pública formalizaram, na terça-feira (17), uma portaria que permite tornar compulsória a quarentena e a internação por suspeita da doença no país. As sanções para o descumprimento da determinação podem levar até à prisão.
No Grande Debate desta quarta-feira (18), Gabriela Prioli e Tomè Abduch – que substitui Caio Coppolla em licença médica – debatem sobre a medida adotada pelo governo. Eles também repercutem o teste positivo para coronavírus do ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, confirmado durante o programa ao vivo.
Em suas considerações finais, Abduch reforçou a relevância e seriedade do assunto. “Este momento que estamos vivendo agora não é o ideal para que se discutam ideologias e sim o momento para unir o país. Essa crise que estamos vivendo não é apenas financeira, é uma crise que pode atingir a vida de nossos cidadãos. Muitos de nós podemos perder familiares muito queridos. A nossa solidariedade ao general Augusto Heleno com 72 anos. Nós temos que discutir, agora, o problema desta doença que está em nosso país, caso nós não tenhamos uma postura séria”.
E concluiu: “Peço às autoridades o fechamento das estações de metrô e ônibus. Nós vamos ter um problemas econômicos a qualquer momento, seja agora ou daqui 15 dias. Só que agora podemos salvar muitas vidas. Cuidem uns dos outros”.
Prioli também ponderou sobre o tema: “Eu gostei muito da fala do meu debatedor, acho que é isso que a gente tem que fazer. Temos que nos unir para lidar com este problema e deixar de lado as posições políticas. Acho que nosso debate, hoje, foi a prova de que isso é possível. Um debate que concorda em temas essenciais, embora tenhamos discordâncias pontuais. e acho que é assim que tem que ser, para que a gente possa colocar opiniões diferentes e que possamos chegar, enfim, à algum meio termo. Mas sempre colocando questões de união em primeiro lugar.”
Gabriela, porém, mencionou um ponto de discordância sobre a portaria. “Mas apenas reforçando a portaria especificamente, acho que foi uma iniciativa positiva. (…) Acho importante que a gente tenha tenha uma comunicação significativa para o público no sentido de que existem consequências penais para as pessoas que decidem descumprir as ordens de saúde. Só acho que ela não era necessária, pois já tínhamos a possibilidade de tipificação do aritgo 268 do código penal desde o dia 11 de março quando o Ministério da Saúde editou a portaria 356. (…) O que precisamos agora é de liderança das autoridades públicas”, concluiu.