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    Gabbardo: ‘É um desperdício ficar guardando vacina para uma segunda dose’

    De acordo a secretaria municipal da Saúde de SP, 127 pessoas com mais de 90 anos morreram de Covid-19 em janeiro. Em fevereiro, o número caiu para 38

    Produzido por Juliana Alves, da CNN São Paulo

    Em entrevista à CNN na manhã desta segunda-feira (8), o coordenador executivo do Centro de Contingência da Covid-19 no estado de São Paulo, João Gabbardo, falou sobre a queda de mortes de idosos após o início da vacinação contra a doença, e afirmou também que lotes da segunda dose poderiam ser utilizados para ampliar a imunização.

    De acordo com dados da secretaria municipal da Saúde de São Paulo, 127 pessoas com mais de 90 anos morreram em janeiro em decorrência do novo coronavírus. Em fevereiro, o número caiu para 38.

    “Não temos ainda [toda] a população vacinada, apenas a população com mais 85 anos neste momento e trabalhadores na área da saúde. Os resultados são muito promissores. Aqui na capital, já houve uma queda significativa no número de idosos com mais de 90 anos que foram internados e no número de óbitos”, disse. 

    “Essa redução de janeiro para fevereiro é bastante significativa. Como a vacinação começou no dia 5 de janeiro, todas as pessoas que tiveram essa redução foram com apenas uma dose. Isso reforça a tese de que nós não deveríamos estar esperando e guardando vacinas para fazer a segunda dose”. 

    De acordo com Gabbardo, se idosos de 80 a 85 anos tivessem sido imunizados contra o novo coronavírus, o número de óbitos teria sido reduzido de forma ainda mais significativa.

    Na avaliação do especialista, “é um desperdício ficar guardando vacina para uma segunda dose”, mesmo correndo o risco de um certo atraso. “Se atrasar uma, duas semanas não vai alterar nada.”