Nova York registra 2 casos de doença causada pelo vírus do Nilo Ocidental
Cidade tem recorde de mosquitos infectados; casos humanos foram relatados no Brooklyn e no Queens
Dois casos humanos do vírus do Nilo Ocidental foram relatados em Nova York, uma vez que o patógeno foi detectado em um número recorde de mosquitos na cidade, disseram autoridades de saúde na terça-feira (16).
Nos cinco distritos da cidade, 1.068 mosquitos deram positivo para o vírus, de acordo com o Departamento de Saúde e Higiene Mental da cidade de Nova York.
A metróploe registrou 779 focos como positivos no mesmo período do ano passado.
Os dois casos humanos foram relatados no Brooklyn e no Queens, disse o departamento de saúde em comunicado.
O vírus do Nilo Ocidental é mais comumente transmitido às pessoas através da picada de um mosquito infectado, principalmente os do gênero Culex, popularmente conhecidos como pernilongos ou muriçocas.
De acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA, esses casos acontecem durante a temporada de mosquitos, que começa no verão e continua até o outono no Hemisfério Norte.
“Estamos no auge da temporada do vírus do Nilo Ocidental, mas há coisas que você pode fazer para diminuir o risco de ser mordido”, disse o comissário de saúde da cidade de Nova York, Ashwin Vasan.
Usar um repelente de insetos e usar calças e mangas compridas, especialmente quando estiver fora de casa durante a madrugada, pode ajudar a evitar o risco de ser picado, explicou Vasan.
Não existe vacina para o vírus, portanto, as medidas preventivas são a forma mais eficaz de evitar a infecção.
Os sintomas da infecção do Nilo Ocidental incluem fadiga, febre, dor de cabeça, dores no corpo e erupções cutâneas. No entanto, 80% das pessoas infectadas não apresentam sintomas, de acordo com o CDC.
Em casos raros, o vírus também pode ser transmitido através de transfusões de sangue, transplantes de órgãos, exposição em laboratório ou de mãe para filho.
Menos de 1% das pessoas infectadas desenvolvem uma doença neuroinvasiva grave, como encefalite (inflamação do cérebro) ou meningite (inflamação das membranas protetoras que cobrem o cérebro e a medula espinhal), segundo dados do CDC.
Em 9 de agosto, um total de 54 casos humanos da doença do vírus foram relatados ao CDC este ano. No ano passado, 2.695 casos humanos foram relatados à agência dos Estados Unidos.