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    “Nosso papel é diminuir a quantidade de pessoas infectadas”, avalia especialista

    Ricardo Sobhie Diaz, professor da Escola Paulista de Medicina, avalia que a forma de diminuir a disseminação do vírus é ampliar a vacinação

    Ingrid Oliveirada CNN

    São Paulo

    Em novo recorde, o mundo atingiu 1,4 milhão de pessoas contaminadas pela Covid-19 em um único dia.

    Em entrevista à CNN, Ricardo Sobhie Diaz, professor da Escola Paulista de Medicina, disse que barrar a transmissão é a chave para diminuição dos casos.

    Para o professor, demonstra o quão dinâmico é o movimento do vírus no mundo.

    “A gente tem um avanço sistemático no número de casos, provavelmente por conta da Ômicron. Mas é muito heterogêneo o número de internações e o número de mortes”, explica.  “Isso acontece de acordo com a cobertura vacinal.”

    O especialista explica que quando “um vírus novo aparece, ele tem tendência de ser mais transmissível e infectar uma quantidade maior de pessoas, mas tendo essa cobertura vacinal, é concebível que a gente tenha um número de internações menor”, avalia.

    De acordo com Sobhie Diaz, existe sempre, em qualquer epidemia, uma subida no número de casos. E isso depende de diversos fatores, mas logo depois desse pico diminui.

    Segundo ele, “isso acontece basicamente por dois motivos: um deles é que depois de uns meses é a gente perde nossa defesa, e a segunda é porque aparece um vírus um pouco diferente que foge do sistema imune – o que acontece com a Ômicron”, disse.

    O professor avalia que, quando um vírus novo fica mais transmissível, existe uma tendência dele ficar mais leve, ou seja, causa doença mais leve e menos mortal.

    “A gente tem que olhar isso direito, mas é tudo muito novo. E podemos estar, de novo, frente a um aumento de casos no mundo.”

    Apesar disso, Sobhie Diaz explica que já ficou provado para essa doença que a vacinação ajuda e tem ajudado. “Enquanto o vírus estiver se multiplicando no mundo, sempre há chance de ele mudar, e o vírus mudando a gente não sabe o que vai acontecer”, pondera.

    O especialista explica que o vírus mutado pode, sim, causar doença mais grave. E para conter isso, “a gente tem que cumprir o nosso papel em diminuir a quantidade de pessoas infectadas.”

    Vacinação em crianças 

    Em meio a recomendação feita pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para a recomendação da vacinação em crianças e a orientação do Ministério da Saúde para que haja receita médica, Sobhie Diaz diz que “nesse momento, a gente precisa diminuir a transmissão entre as pessoas.” 

    “Nesta pandemia tudo fica muito urgente, qualquer tempo que a gente perca significa mortalidade”, disse. O professor acredita que a sensação é de que tudo é muito urgente, e que “a gente tem mais chance de acertar se a gente agir de forma rápida e acelerada”, disse. 

    Sobre a vacinação em crianças, o especialista aponta que é muito urgente começar a começar as crianças agora. “A gente precisa rapidamente vacinar as crianças poque elas morrem, porque não sabemos como elas vão ficar no futuro ao serem infectadas e porque elas transmitem [o vírus] igual aos adultos.”

    Para ele, “deveria haver um pedido médico para não vacinar, como uma contraindicação e não o contrário”, finaliza.