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    ‘Não vamos subtrair dados’, diz Queiroga sobre retorno do cronograma de vacinas

    Ministro da Saúde diz que nova versão não irá incluir marcas ainda não validadas pela Anvisa

    O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga
    O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga Foto: Mateus Bonomi/Agif - Agência de Fotografia/Estadão Conteúdo (24.mar.2021)

    Basília Rodriguesda CNN

    O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou à CNN que vai retomar a divulgação do cronograma de entrega de vacinas em uma nova versão em que não irá incluir marcas ainda não validadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). “Em nenhum momento queremos subtrair dados”, afirmou.

    Com críticas a gestões passadas pela divulgação do cronograma considerado artificial, o ministro afirmou que não quer frustrar expectativas. Desde o início de sua gestão, a pasta deixou de divulgar as informações de longo prazo e tem se limitado a pontualmente informar quais e quantas vacinas vão ser distribuídas por semana. Isso tem sido criticado por governadores que reclamam da falta de um cronograma mais completo para prepararem os postos.

    Queiroga explicou que voltará a divulgar o cronograma, porém, marcas como Sputnik e Covaxin, que estão em negociação com o Brasil, vão ser retiradas do texto informativo. Os dados sobre elas vão ser exibidos, segundo o ministro, provavelmente na internet, com a observação de que não possuem autorização de uso no Brasil. “Não vou ficar divulgando o que ainda está em negociação, isso envolve mercados, comércio, não pode ser algo online”, disse.

    “Estamos reestruturando o portal do ministério da Saúde para as pessoas acessarem melhor. Antes divulgava vacina não aprovada pela Anvisa. Aquilo é uma expectativa, e o não cumprimento frustra a expectativa das pessoas”, complementou.

    Como a CNN antecipou, o Ministério está em tratativas para compra de outros 100 milhões de doses da Pfizer. De acordo com interlocutores da pasta, também há em curso novo acordo de compra para a vacina da Moderna.

    Coquetel

    O ministro também não deu prazo para a inclusão no SUS do coquetel de anticorpos para o tratamento da covid-19. O medicamento teve uso emergencial autorizado pela Anvisa, nesta terça-feira, para o tratamento de pacientes, desde que não estejam em estágio grave da doença. Mas, a exemplo do Remdesivir, também estima-se que o coquetel seja uma droga cara. “Exige análise técnica, não foi fixado preço ainda, qual custo efetivo, impacto no orçamento”, explicou.

    Queiroga afirmou que vai colocar o uso do medicamento em discussão por um painel de especialistas, em audiências públicas. “Se tiver efetividade comprovada, maravilha”, enfatizou.