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    Não há prova de perda de proteção da Coronavac em menores de 60 anos, diz médico

    Reforço deve ser aplicado a partir do dia 15 de setembro para maiores de 70 anos e pessoas com o sistema imunológico enfraquecido

    Produzido por Layane Serranoda CNN em São Paulo

    O diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Renato Kfouri, disse, em entrevista à CNN nesta sexta-feira (3), que não há evidências de perda de proteção da vacina Coronavac e nem de qualquer outro imunizante contra a Covid-19 em adultos com menos de 60 anos de idade. “Por enquanto, a recomendação hoje é vacinar os idosos acima de 60 com a dose de reforço”, falou.

    Seis capitais brasileiras começaram a aplicar a terceira dose da vacina contra o novo coronavírus. A orientação do Ministério da Saúde é que o reforço seja aplicado a partir do dia 15 de setembro para maiores de 70 anos e pessoas com o sistema imunológico enfraquecido.

    A vacinação deverá ser feita, preferencialmente, com o imunizante da Pfizer/BioNTech. Apesar das recomendações, os estados têm autonomia para definir as estratégias de vacinação. Essa nova fase do Plano Nacional de Imunização (PNI) acabou gerando discussões sobre a intercambialidade entre as vacinas.

    À CNN, Kfouri explicou as diferenças entre a terceira dose e a dose de reforço. A terceira dose, disse, é recomendada para aqueles indivíduos que têm problema grave de imunidade, como os que realizaram transplante, pacientes com câncer, HIV e em hemodiálise e que usam medicamentos imunossupressores.

    “Esses cinco grupos não vão receber dose de reforço, e sim mudar o esquema vacinal de duas para três doses. Os estudos demonstram que duas doses não são suficientes para protegê-los. Independentemente da vacina que receberam, vamos fazer uma terceira dose com a Pfizer, porque é a vacina que mais desperta resposta imune nessas populações”, disse Kfouri.

    Já a dose de reforço serve para as pessoas que estão vacinadas com o esquema completo — que receberam as duas doses — há mais de seis meses. “Nesse caso, é independente da vacina: passados seis meses, os idosos, pelo envelhecimento do sistema imunológico, tendem a perder a proteção. Dados mostram que para aqueles indivíduos com mais idade, com o passar do tempo, a melhor resposta imune é desencadeada pela Pfizer. Quem tomou Coronavac e AstraZeneca, o ideal é fazer [a dose de reforço] com a vacina da Pfizer. Em locais que não tiver a Pfizer, a opção pela AstraZeneca é bastante razoável.”