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    Não há como prever se uma variante será predominante no Brasil, diz virologista

    À CNN, Luciana Costa explicou que diversas variáveis interferem para que cepas do coronavírus avancem

    Amanda Garcia, da CNN, em São Paulo

    Não há como prever se alguma variante do coronavírus vai se tornar predominante no país. Esta é a avaliação da virologista e professora associada da UFRJ, Luciana Costa, em entrevista à CNN nesta terça-feira (17).

    Na última segunda-feira, a cidade do Rio de Janeiro confirmou que a maior parte dos casos positivos para a Covid-19 já é da variante Delta.

    Segundo Luciana, há uma série de variáveis que definem o avanço de determinadas cepas – e que algumas ainda são estudadas pela ciência. “O que determina [o domínio] é o jeito que chegou a variante, se ela foi a primeira, por exemplo, a susceptibilidade da população e característica do vírus, não tem como prever.”

    “A variante africana parecia que seria um grande problema, mas não conseguiu se expandir aqui, a Alfa a mesma coisa, porque aqui tem um predomínio da nossa variante, que fez um estrago muito grande”, exemplificou.

    Como não há previsibilidade, ela reforçou que há a necessidade de monitoramento constante e de “usar medidas como a vacinação.”

    A virologista disse que a importância da imunização contra a Covid-19 é indiscutível – mas com duas doses, para o ciclo vacinal completo.

    Ela aproveitou para defender a redução do intervalo entre as aplicações, para conter a Delta: “Uma medida interessante talvez fosse, principalmente no Rio de Janeiro, antecipar a segunda dose de ao menos as faixas etárias de 60 até 30 e poucos anos, para que tenha uma barreira maior para a expansão desse vírus.”

    *Produção de Bel Campos

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