Não há como abrir leitos na mesma velocidade das internações, diz Gorinchteyn
Em coletiva de imprensa, o secretário de Saúde de São Paulo afirmou não há risco de colapso do oxigênio e que novos leitos de UTI serão anunciados nesta quinta
Ao lado do governador João Doria, o secretário estadual de Saúde, Jean Gorinchteyn, afirmou que há fôlego no sistema de saúde para abrir novos leitos de UTI na mesma velocidade com que as internações têm acontecido em todo o estado de São Paulo.
Durante coletiva de imprensa na tarde desta quarta-feira (10), Gorinchteyn detalhou a situação atual do estado: “Quando eu falo em aumentar o número de leitos, não é simplesmente um colchão, uma cama e um respirador. Além disso, há a equipe que vai assistir, dar assistência a esse paciente (…) Por isso, eu não abro um leito de um dia para o outro. Estamos dando o máximo para abrir. Mas, como disse, estamos internando 130 pessoas a mais por dia nas UTIs. Não temos fôlego de abrir, na mesma velocidade, esse número de leitos”, disse.
Segundo ele, a Central de Regulação de Ofertas de Serviços de Saúde (CROSS), responsável por distribuir e verificar a dispobilidade de leitos nos hospitais, está operando com um número muito alto de regulações.
“A CROSS tem uma média de atendimentos, nos últimos dias, de mil regulações por dia. Neste momento, com 1930 regulações. Estávamos, no início de dezembro, 150 regulações e esses números só são Covid. Estamos falando de 150 em dezembro para mil no início da semana e para 1930 na quarta-feira. Nós temos, como eu disse, desses, 35% que são atendimentos voltados para UTIs. Estamos aumentando da forma que conseguimos”,disse o secretário de Saúde.
Novos leitos de UTI
De acordo com Gorinchteyn, a situação dos leitos de UTI nos hospitais do estado segue sendo monitorada diariamente, novos leitos devem ser anunciados nesta quinta-feira (11) e, por enquanto, não há risco de colapso na assistência de oxigênio ao estado.
“O governador João Doria fez uma colocação para que víssemos não só os números de leitos, amanhã temos mais para serem revelados, mas checar que o Estado teria risco de colapso no oxigênio. Falamos com todas as seis distribuidoras e todas, de forma tácita, disseram: ‘Não. Estaremos suprindo a vocês.’ Estamos fazendo, mas precisamos do apoio da população. Nós nunca enfrentamos uma situação como essa”, afirmou o secretário.