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    Mulheres estão entre mais afetadas pela pandemia, aponta Cruz Vermelha

    À CNN Rádio, Teresa Gonçalves, pesquisadora da Federação Internacional da Cruz Vermelha, explicou a pesquisa que analisou impactos socioeconômicos da Covid-19

    Amanda GarciaBel Camposda CNN

    Uma pesquisa da Federação Internacional da Cruz Vermelha e das Sociedades do Crescente Vermelho (IFRC) mostrou quais os impactos socioeconômicos da pandemia da Covid-19 em diferentes camadas da população.

    Segundo o levantamento, as mulheres, pessoas em áreas urbanas e aquelas em movimento foram as principais afetadas.

    Em entrevista à CNN Rádio, a pesquisadora da Federação Internacional da Cruz Vermelha e uma das responsáveis pelo estudo, Teresa Gonçalves, explicou que o objetivo era entender “os impactos secundários da pandemia, além dos sistemas de saúde.”

    “Meninas enfrentaram impactos desproporcionais em todas as frentes, com aumento de casamento infantil, assumiram cargo adicional para cuidar de familiares, perderam empregos, ficaram expostas ao vírus e encontramos aumento da violência contra as mulheres”, elencou.

    “Não é surpresa que mulheres enfrentaram mais do que homens”, completou.

    A nova pesquisa busca visão global, com foco em dez países: Afeganistão, Colômbia, El Salvador, Iraque, Quênia, Líbano, Filipinas, Espanha, África do Sul e Turquia.

    Entre os efeitos da crise apontados pelo estudo, estão o aumento do desemprego e da pobreza; aumento da insegurança alimentar; maior vulnerabilidade à violência; e uma perda de educação e oportunidades reduzidas para as crianças.

    Segundo Teresa, os impactos nas comunidades e famílias serão sentidos “durante muitos anos”: “Nas crianças fora da escola, por exemplo, isso será sentido durante muito mais tempo, sem oportunidade de continuar a educação.”

    A pesquisadora também aponta o risco de a recuperação “ser desigual e injusta”, devido à “distribuição desigual de vacinas”: “A recuperação da pandemia não pode ser voltar ao que era antes, tem que ter esforço da sociedade e governantes para se ter uma resposta mais inclusiva, temos que tentar pensar no futuro e construir sociedades mais justas.”

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