Muito provável que vacinas protejam contra variante indiana, diz biomédica
Variante indiana foi encontrada no Maranhão; ministro Marcelo Queiroga afirmou que todas as medidas sanitárias contra a propagação foram tomadas
A variante indiana da Covid-19, identificada no Maranhão, vem gerando uma preocupação global em relação ao seu potencial aumento na transmissibilidade. Uma das questões que estão sendo estudadas pelos especialistas é o quanto a eficácia das vacinas já em uso se mantêm.
Em entrevista à CNN, a biomédica Mellanie Fontes-Dutra disse que a probabilidade é a de que ação protetiva permaneça. “Algumas vacinas já testaram alguns parâmetros e viram que é muito provável que estas vacinas sigam protegendo.”
“Essa variante parece ter um certo escape imunológico, mas não é tão intenso como o da variante emergente da África do Sul, existe este escape quando a gente observa alguns parâmetros analisados de resposta imunológica”, acrescenta.
Mellaine Fontes-Dutra corrobora o que a Organização Mundial da Saúde já vinha divulgando sobre o caso. “Temos alguns dados relativos à Covaxin, Pfizer, Moderna, AstraZeneca. Então, a OMS e outras agências noticiaram, inclusive, que é muito provável que estas vacinas possam seguir gerando alguma proteção.”
Na manhã desta sexta-feira (21), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga afirmou, em coketiva de imprensa, que todas as medidas sanitárias foram tomadas para evitar a propagação da variante indiana no Brasil.
As vacinas contra a Covid-19 garantem proteção porque previnem a doença, especialmente nas formas graves, reduzindo as chances de morte e internações.
Embora não impeçam o contágio e nem a transmissão do vírus, a vacinação é essencial, já que induz o sistema de defesa do corpo a produzir imunidade contra o coronavírus pela ação de anticorpos específicos, segundo a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm).