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    MPF entra na Justiça para cobrar transparência do ES sobre leitos para Covid-19

    Segundo os procuradores, os números do governo "criam a falsa percepção de que há leitos de UTI prontos para a internação de pacientes de Covid-19"

    Giovanna Bronze, da CNN em São Paulo

    O Ministério Público Federal no Espírito Santo (MPF-ES) informou nesta quinta-feira (04) que ajuizou uma ação civil pública para que o governo estadual seja transparente sobre a ocupação de leitos de UTI para pacientes com Covid-19 e testes realizados. Segundo o MPF, os números divulgados pelo governo capixaba são “enganosos”.

    O governo do Espírito Santo tem um painel com os dados sobre o novo coronavírus no estado mas, segundo o MPF, “essas informações estão incorretas e pautando estratégias de saúde pública igualmente equivocadas”. Para os procuradores, as cifras “criam a falsa percepção de que há leitos de UTI prontos para a internação de pacientes de Covid-19 quando, em verdade, não há”.

    Para o MPF, um exemplo disso foi um caso noticiado pela imprensa segundo o qual, no dia 21 de maio, a cidade de Guaçuí (a pouco mais de 200 km de Vitória) registrou duas mortes por Covid-19 de pacientes que deixaram ser atendidas na Santa Casa de Misericórdia de Cachoeiro de Itapemirim por falta de leitos de UTI.

    O MPF questionou a unidade de saúde, que informou que chegou a atingir 100% da ocupação de leitos de UTI para pacientes com coronavírus. A ação então aponta que, no mesmo dia, o portal do governo estadual registrou a ocupação de 59,32% nos leitos de UTI no sul do Espírito Santo.

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    Os procuradores pedem que as medidas sejam atendidas em até 24 horas, sob pena de multa diária de R$ 10.000 por item não atendido. 

    Na ação, o MPF-ES também pediu para que o governo estadual apresente um plano de remanejamento de pacientes com regras claras que determinem soluções rápidas, caso o determinado hospital não tenha mais capacidade de leitos de UTI para receber pacientes com Covid-19.

    A CNN procurou o governo do Espírito Santo para saber se quer comentar a ação do MPF-ES, mas não obteve resposta até o momento da publicação deste texto.

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