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    MP-SP amplia força-tarefa que investiga atuação da Prevent Senior na pandemia

    Foram designados mais dois procuradores para apurar as circunstâncias em que houveram a aplicação dos medicamentos sem eficácia comprovada do "kit covid" pela operadora

    Matheus Meirellesda CNN , Em São Paulo

    O procurador-geral de Justiça do Estado de São Paulo, Mario Sarrubbo, decidiu nesta segunda-feira (27) ampliar a força-tarefa que investiga a atuação da Prevent Senior durante a pandemia da Covid-19.

    Foram designados mais dois promotores para apurar em quais circunstâncias houveram a aplicação de medicamentos sem eficácia comprovada, do chamado “kit covid”, em pacientes, conforme relatado em um dossiê feito por médicos da operadora de saúde, que acusam a empresa de fazer testes com cloroquina no tratamento da Covid-19 e ocultar as informações dos pacientes.

    Márcio Friggi e Maria Fernanda de Castro Marques Maia juntam-se aos outros quatro promotores que foram chamados na última semana, Rodolfo Bruno Palazzi e Arthur Pinto Filho, responsáveis pelo inquérito civil na Promotoria de Saúde do MP-SP.

    Com a medida, serão oito membros do Ministério Público que irão investigar a conduta dos médicos da Prevent Senior. Eles, inclusive, já receberam os documentos enviados pela CPI da Pandemia no Senado.

    A investigação na Polícia Civil, que apura possível falsidade ideológica na emissão das certidões de óbito de Regina Hang, mãe do empresário Luciano Hang, e do médico Anthony Wong, defensor do tratamento precoce, pretende ouvir o dono das lojas Havan e a esposa do médico, Carla Von Gabriel Wong.

    Na época das mortes, no começo deste ano, o hospital Sancta Maggiore, da rede Prevent Senior, não informou as causas dos óbitos. Nos laudos, não é citada a Covid-19. Porém, os prontuários indicam que as mortes foram causadas por complicações da doença.

    Pedro Benedito Batista Júnior, diretor-executivo da Prevent Senior, admitiu durante seu depoimento à CPI, em 22 de setembro, que a operadora orientou os médicos a alterarem o CID — o código utilizado mundialmente para identificar e diferenciar as doenças — dos pacientes infectados após um período de internação, o que teria resultado em um número subdimensionado de mortes em razão da doença na rede da empresa.

    A Prevent Senior, em nota enviada à CNN, diz que “respeita e vai colaborar com o MP-SP, pois entende que os promotores chegarão à verdade dos fatos.”

    A empresa explica que “aplicou cerca de 500 mil testes em que constatou o contágio de 56 mil pacientes. Desse número, 7% redundaram em mortes. Todos os casos foram rigorosamente notificados. Esse índice de 93% de vidas salvas, na faixa etária média dos 68 anos de idade, é, comprovadamente, superior ao que se registra nos hospitais das redes pública e privada.”

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