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    Mosca-da-carambola: riscos à saúde humana são mínimos, dizem especialistas

    Uso indevido de defensores agrícolas para conter a praga pode acarretar contaminação

    Isabelle Salemeda CNN

    A proliferação da mosca-da-carambola não traz riscos iminentes à saúde humana. Essa é a avaliação de especialistas ouvidos pela CNN.

    Segundo a médica infectologista e pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que atua em Manaus, Flor Martinez Espinosa, o que caracteriza doenças transmitidas ao homem por insetos, como malária ou dengue é que o organismo que causa as enfermidades desenvolve uma parte do seu ciclo vital no mosquito, diferentemente de uma praga, como é o caso da mosca-da-carambola.

    “Não há até o momento evidência de que ela possa ser portadora de algum microrganismo capaz de causar doença ao homem”, explicou a médica.

    No entanto, o inseto, como qualquer outro, pode contaminar alimentos ao pousar em lixo ou matéria fecal e depois pousar em alimentos que serão ingeridos por humanos. “Trata-se de um evento que, embora possível, não representa risco de epidemias”, conclui a especialista.

    A pesquisadora Silvia Miranda, professora da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da USP (Esalq/USP), concorda que não haja risco direto da proliferação à saúde humana. A especialista lembra que a necessidade de um controle químico por meio de defensores agrícolas para conter a infestação é que pode gerar problemas. “O uso indevido do controle químico poderia acarretar contaminações”, disse a professora.

    O que é a mosca-da carambola

    O Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) declarou emergência fitossanitária em quatro estados brasileiros para a presença descontrolada da mosca-da-carambola: Amapá, Amazonas, Pará e Roraima.

    Nativa da Indonésia, Malásia e Tailândia, a espécie foi encontrada pela primeira vez no Brasil em 1996, no Amapá. A mosca-da-carambola representa uma grande ameaça à agricultura do país.

    O inseto de 7mm pode devastar plantações de frutas e gerar ao Brasil um prejuízo de R$ 400 milhões por ano às exportações, segundo estimativa da Embrapa (Empresa Brasileira de Agropecuária).

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