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    Mortes por Covid-19 têm queda de 22% no mundo em uma semana, diz OMS

    De 30 de maio a 5 de junho, foram relatados mais de 7.600 óbitos pela doença em todo o mundo

    Vacinação reduz os riscos de casos graves de Covid-19
    Vacinação reduz os riscos de casos graves de Covid-19 Prefeitura de Jundiaí

    Lucas Rochada CNN

    em São Paulo

    Os números de novos casos e de mortes por Covid-19 continuam a diminuir globalmente desde o pico em janeiro, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).

    Durante a semana de 30 de maio a 5 de junho, mais de três milhões de casos foram relatados em todo o mundo, uma queda de 12% em relação à semana anterior. O número de novas mortes semanais também continua a diminuir, com mais de 7.600 óbitos registrados, o que representa uma queda de 22% em relação à semana anterior.

    Os dados são do boletim epidemiológico semanal da OMS divulgado nesta quarta-feira (8). Até o dia 5 de junho, foram reportados em todo o mundo mais de 529 milhões de casos confirmados e mais de seis milhões de mortes pela doença.

    Dados por países

    O maior número de novos casos semanais foi relatado nos Estados Unidos (657.268 novos casos), China (528.432), Austrália (221.935 novos casos), Brasil (216.334 novos casos; com alta de 36%) e Alemanha (215.955).

    O maior número de novas mortes semanais foi relatado nos Estados Unidos (1.703 novas mortes), China, Brasil (652 novas mortes; queda de 21%), Rússia (565) e Itália (380).

    Cautela

    De acordo com o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, a tendência é um reflexo do aumento nas taxas de vacinação – mas o momento ainda é de cautela.

    “A percepção de que a pandemia de Covid-19 acabou é compreensível, mas equivocada. Mais de 7.000 pessoas perderam a vida para esse vírus na semana passada. Uma variante nova e ainda mais perigosa pode surgir a qualquer momento, e um grande número de pessoas permanece desprotegido”, disse Adhanom à imprensa nesta quarta-feira (8).

    Vigilância de variantes

    A OMS realiza o monitoramento contínuo das variantes do novo coronavírus. De acordo com o boletim, a Ômicron continua a ser a variante dominante em circulação global, respondendo por quase todas as sequências relatadas ao banco de dados internacional Gisaid nos últimos 30 dias.

    Devido à circulação muito baixa entre as sequências submetidas ao Gisaid nos últimos três meses, a Delta agora é classificada pela OMS como uma “variante de preocupação circulante anteriormente”, da mesma forma que são categorizadas Alfa, Beta e Gama.

    Apesar da mudança, a OMS alerta que isso não implica que essas variantes não possam ressurgir futuramente.

    Entre as linhagens da Ômicron, a partir da semana epidemiológica 20 (de 15 a 21 de maio), BA.2 e suas linhagens descendentes (linhagens agrupadas denominadas BA.2.X) estão em declínio, mas permanecem dominantes, representando 44% e 19%, respectivamente.

    As linhagens BA.2.11, BA.2.13 e BA.2.9.1 com evidência preliminar de uma vantagem de crescimento sobre outras linhagens Ômicron mostram uma prevalência global de <1% e não estão mais aumentando.

    Globalmente, as variantes BA.2.12.1, BA.5 e BA.4 estão aumentando em prevalência. Na semana 20, a BA.2.12.1 (detectada em 53 países) atingiu uma prevalência de 28%, que pode ser atribuída em grande parte a um rápido aumento inicial na região das Américas.

    A BA.5 (detectada em 47 países) e a BA.4 (detectada em 42 países) representam 4% e 2% das variantes circulantes, respectivamente. Todas as três variantes carregam a mutação que pode conferir maior transmissibilidade.

    O acúmulo de evidências de vários países indica que não houve aumento observado na gravidade da doença associada a BA.5 e BA.4. Nenhuma evidência está disponível no momento sobre a gravidade da doença associada a BA.2.12.1.

    Quanto às variantes recombinantes do SARS-CoV-2 detectadas no início de 2022, incluindo recombinantes de variantes de preocupação conhecidas, algumas tinham características indicativas de potencial para maior transmissibilidade. No entanto, isso não se traduziu em uma ampla disseminação, segundo a OMS.