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    Ministério da Saúde nega distribuir doses vencidas de vacina contra Covid-19

    Segundo a pasta, os "prazos são rigorosamente checados" e que não recebeu, até agora, nenhuma comunicação dos municípios sobre lotes vencidos

    Mathias Brotero , da CNN, em Brasília

    O Ministério da Saúde se manifestou nas redes sociais  após a denúncia de aplicação de doses vencidas da vacina de Oxford-Astrazeneca contra a Covid-19, negando a distribuição de imunizantes fora da data de validade.

    O post diz que “o Ministério da Saúde não distribui doses de vacina contra a Covid-19 vencidas. Prazos de validade dos imunizantes são rigorosamente checados pelo Ministério. Os dados sobre aplicação de doses são inseridos pelos municípios no DataSUS”.

     

    O Ministério ressaltou que os gestores locais precisam estar atento aos prazos de validade e que eles devem comunicar caso haja algum lote próximo ao vencimento. A pasta disse ainda que não recebeu, até agora, informações do tipo dos municípios.

     

    Fiocruz deve produzir 100,4 milhões de doses da vacina de Oxford até julho
    Frasco da vacina de Oxford/AstraZeneca
    Foto: Tânia Rêgo – 27.jan.2021/Agência Brasil

     

    Segundo uma reportagem da Folha de S.Paulo na sexta-feira (2), mais de 26 mil doses da vacina da Astrazeneca vencidas teriam sido usadas em 1.532 municípios até 19 de junho.

    A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) disse em nota que não recebeu pedido de análise de ampliação da validade do imunizante e que não é responsável pela aquisição e distribuição dos imunizantes, ressaltando que doses com prazo de validade expirados não têm garantia de eficácia e segurança.

    O Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (Conasems) disse que todos os casos estão sendo investigados e que não está descartado um erro no sistema de informação do Programa Nacional de Imunizações (PNI).

    A Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitou, na sexta-feira (2), informações ao Ministério da Saúde e à Anvisa sobre a possibilidade de o prazo ter sido extrapolado. A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que produz o imunizante da Astrazeneca no Brasil, afirma que esses lotes não foram produzidos no país. A Astrazeneca preferiu não se pronunciar. 

    O jornal fez a reportagem utilizando dados do sistema público DataSUS, onde todos as secretarias de saúde fazem o cadastro da vacina aplicada e o lote – único cadastro oficial para controle da vacinação. Prefeituras e estados alegam que pode ter havido erro no preenchimento desses dados.