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    Ministério da Saúde é pressionado sobre compra de vacina contra Covid-19

    Caso o país não se manifeste até a próxima semana, as doses reservadas para o Brasil podem ser vendidas a outros países

    Kenzô Machida, da CNN, em Brasília



     

    Farmacêuticas que negociam com o governo a venda de vacinas contra a covid-19 passaram a cobrar do Ministério da Saúde um posicionamento sobre a compra do imunizante. De acordo com relatos feitos à CNN, nesta quinta-feira (19), ao menos uma das empresas desenvolvedora do imunizante encaminhou um ofício à pasta pedindo celeridade no posicionamento das autoridades do país, sob o risco de o Brasil não ser incluído na lista dos que vão receber doses no primeiro trimestre de 2021.

    O recado dado ao governo brasileiro pelas empresas foi o de que, caso o país não se manifeste até a próxima semana, as doses reservadas para o Brasil podem ser vendidas a outros países. Ou seja, o Brasil ficaria de fora do cronograma de entrega dos imunizantes no primeiro trimestre de 2021. A falta de uma resposta definitiva pode até comprometer o envio das doses durante todo o primeiro semestre do ano que vem.

    Frasco de potencial vacina contra Covid-19
    Frasco de potencial vacina contra Covid-19
    Foto: Dado Ruvic/Reuters (3.nov.2020)

    Nesta semana, integrantes da Saúde tiveram reuniões com a Pfizer, com a Johnson & Johnson e, nesta quinta, os representantes da Sputnik V apresentaram sua proposta ao ministério. A CNN apurou que a Pfizer, por exemplo, ofereceu ao Brasil cada dose da vacina ao custo aproximado de R$ 75.

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    A Pfizer foi procurada para falar sobre o valor do imunizante e respondeu em nota que, com relação ao preço da potencial vacina, trabalhamos com uma abordagem de preços diferenciados o que ajuda a garantir a equidade de modo que todos os países possam ter acesso à nossa vacina contra a COVID-19. Os países com a menor capacidade de pagar pela vacina pagarão um preço mais baixo de acordo com os recursos de seu governo, enquanto os países que podem pagar mais deverão fazê-lo.