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    Ministério da Saúde distribuirá 150 mil testes rápidos de hanseníase

    Materiais serão destinado a pessoas que tiveram contato com pacientes com diagnóstico confirmado da doença

    João Rosada CNN* , Em Brasília

    O Ministério da Saúde organizou, nesta terça-feira (24), o evento Hanseníase no Brasil com objetivo de divulgar ações contra a doença. A pasta anunciou a distribuição de 150 mil testes rápidos para detecção da doença. Os materiais serão distribuídos para todo Brasil a partir de fevereiro e serão destinados a pessoas que tiveram contato com pacientes que tiveram a doença confirmada.

    Segundo a pasta, com esses novos testes o Brasil passa à vanguarda mundial de diagnósticos da doença. O Sistema Único de Saúde (SUS) contará com dois novos exames de apoio: o teste rápido (sorológico) e o de biologia molecular (PCR).

    Durante o evento, a ministra Nísia Trindade enfatizou que os testes desenvolvidos são frutos de pesquisa e disse que a pasta deve assumir o compromisso de erradicar a hanseníase no país. “Devemos nos indignar com o fato de o Brasil ainda ocupar a segunda posição de casos, mas não é por uma comparação mundial, mas sim porque é uma doença curável”, afirmou.

    No seminário, o ministério também divulgou as metas de combate à hanseníase até 2030. Entre elas estão: reduzir em 55% a taxa de casos em menores de 15 anos de idade; reduzir 30% o número absoluto de casos novos com grau de incapacidade física; e tomar providências a 100% das manifestações sobre práticas discriminatórias relacionadas à hanseníase registradas na ouvidoria.

    O representante do Conselho Nacional de Secretários de Saúde, Thiago José Fernandes, disse que é necessário que a pasta aprofunde as ações de combate à doença nos municípios. “A atenção primária é, sim, o caminho. Precisamos intensificar as capacitações e potencializar nossos profissionais de saúde que estão na ponta”, concluiu o representante.

    O ministério também anunciou o aplicativo AppHans para dispositivos móveis. O programa vai permitir que pacientes coloquem fotos e texto para que os profissionais da saúde possam realizar um diagnóstico mais rápido, iniciar o tratamento e prevenir casos de incapacidade física.

    * Sob supervisão de Brenda Silva

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