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    Ministério anuncia chegada de 2,3 milhões de kits intubação doados por empresas

    Medicamentos devem chegar ao aeroporto de Guarulhos às 22h30 desta quinta-feira (15)

    Nathallia Fonseca, da CNN, em São Paulo

     O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou nesta quinta-feira (15) a chegada de 2,3 milhões de kits de medicamentos utilizados para intubação de pacientes com Covid-19 doados por empresas. A informação foi divulgada em entrevista coletiva e busca responder à demanda de diferentes estados e municípios brasileiros que registram falta dos insumos.

    A chegada dos medicamentos, doados por empresas, está prevista para esta quinta-feira às 22h30, no aeroporto de Guarulhos. A entrega completa contará com 600 mil doses de bloqueadores musculares, 400 mil doses de analgésicos específicos para este uso, além de 800 mil doses de sedativos do tipo midazolam e 500 mil doses de propofol, também sedativo. 

    Segundo Rodrigo Cruz, secretário-executivo do ministério, entre as empresas, estão instituições financeiras e a Vale. 

    O total de unidades, porém, será entregue em diferentes lotes. Segundo informações do Ministério da Saúde, o primeiro lote envolve 5,5 mil unidades do bloqueador neuromuscular fentamil, 152,8 mil unidades do sedativo propofol, 65,8 mil doses de cloridrato de midazolam e 180,3 mil unidades do medicamento cisatracúrio, todos essenciais para a intubação segura de pacientes.

    “Nós conseguimos garantir, conforme as informações recebidas, 10 dias de bloqueadores musculares analgesia e sedação e 15 dias com propofol”, afirmou o secretário-executivo do ministério, Rodrigo Cruz. O estado será responsável, junto aos municípios, pela redistribuição dos medicamentos após o repasse. Ainda segundo Cruz, a doação de medicamentos foi discutida nesta quinta-feira. 

    Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga
    Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga
    Foto: Ailton de Freitas / MS

     

    Além da doação, descrita pelo ministro como “expressiva e capaz de ajudar a suprir o mercado nacional por um período, até que tenhamos a reposição dos nossos estoques”, o ministério especificou outras ações realizadas pelo governo pela aquisição dos fármacos, como negociações junto ao braço latino-americano da Organização Mundial de Saúde (OMS), a Opas.

    Sobre a crise da falta de insumos em estados e municípios, o ministro da saúde afirmou que “o que há é uma situação sanitária grave, uma doença grave que leva as pessoas às unidades de terapia intensiva. E não só os governadores e prefeitos nos procuram, como também os parlamentares. Ou seja: há um interesse do poder público para que se supra os hospitais com esses insumos e estamos trabalhando para atender a essas necessidades”, reforçando que há um reforço na comunicação entre todas as entidades envolvidas. 

    A pasta ainda destacou que, em condições normais, “a obrigação de adquirir os medicamentos é de municípios e estados, todavia estamos em uma emergência de saúde pública e o Ministério da Saúde precisa adotar as providências necessárias para assegurar o abastecimento”.

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