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    Minas Gerais e Espírito Santo têm alerta para epidemia de dengue em 2024, diz Saúde

    Brasil registrou aumento de 15,8% nos casos de dengue em 2023

    Mosquito Aedes aegypti, transmissor dos vírus da dengue, Zika e chikungunya.
    Mosquito Aedes aegypti, transmissor dos vírus da dengue, Zika e chikungunya. Josué Damacena/IOC/Fiocruz

    Daniela Mallmannda CNN

    Em Belo Horizonte

    O Ministério da Saúde informou, em coletiva nesta sexta-feira (8), que Minas Gerais e Espírito Santo são os dois estados do país com alerta de epidemia para as doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, como a dengue. A pasta realizou uma projeção para 2024 e previu um aumento de casos para o ano que vem.

    “O Centro-Oeste vai ficar em nível epidêmico. No Sudeste, atenção para Minas Gerais e Espírito Santo, com potencial epidêmico. No Sul, Paraná tem potencial muito alto. Já o Nordeste vai aumentar, mas abaixo do limiar epidêmico”, disse a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente da pasta, Ethel Maciel.

    Tradicionalmente, com o início do período das chuvas e das altas temperaturas, o número de casos de dengue, chikungunya e zika tende a aumentar. O governo federal afirmou que está alerta e monitora constantemente o cenário das arboviroses no Brasil.

    Casos em 2023

    Segundo os dados divulgados pelo Ministério da Saúde, do começo do ano até o dia 2 de dezembro, o Brasil registrou um aumento de 15,8% nos casos de dengue em 2023 (1.601.848), quando comparado ao mesmo período de 2022 (1.382.665). Quanto aos óbitos, houve aumento de 5,4% em 2023 (1.053) com relação ao mesmo período de 2022 (999).

    Já a chikungunya apresenta um cenário de queda. Foram registrados 145.342 casos da doença de janeiro a 2 de dezembro deste ano, uma redução de 45% se comparado ao mesmo intervalo de 2022 (264.365). No que diz respeito aos óbitos, foram registrados 100 em 2023 e 93 no mesmo período de 2022 – um aumento de 7,5%.

    Quanto ao cenário epidemiológico da zika, até a mesma data já citada, o Brasil registra aumento de 1% nos casos da doença em 2023 (7.275), quando comparado ao mesmo período do ano passado (7.218). Não há registro de óbitos pela doença neste período.

    Combate

    Como parte das ações de enfrentamento às doenças, o Ministério da Saúde afirmou que vai investir R$ 256 milhões no fortalecimento da vigilância das arboviroses. Cerca de 11,7 mil profissionais de saúde foram capacitados em 2023 para manejo clínico, vigilância e controle de arboviroses.

    Do valor total do investimento, R$ 111,5 milhões serão efetivados até o fim deste ano, em parcela única, para fortalecer as ações de vigilância e contenção do Aedes aegypti — sendo R$ 39,5 milhões para estados e o Distrito Federal e outros R$ 72 milhões para municípios. Além disso, haverá repasse de R$ 144,4 milhões para fomentar ações de vigilância em saúde em todo o país.