Minas Gerais confirma terceiro caso de raiva humana em crianças
Duas crianças morreram e uma está internada; casos aconteceram na zona rural do Vale do Mucuri, em Bertópolis
Minas Gerais confirmou o terceiro caso de raiva humana em crianças em menos de mês de abril. Duas crianças morreram. As infecções foram identificadas na zona rural do Vale do Mucuri, na cidade de Bertópolis.
O primeiro caso foi identificado em um menino de 12 anos, que morreu. Uma menina de 12 anos também foi infectada e está internada na UTI de Belo Horizonte, e uma criança de cinco anos morreu no último dia 17.
Os dois primeiros relatos têm ligação com mordida de morcego.
Agora, a Secretária de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) investiga um quarto caso suspeito, em uma menina de 11 anos — que está internada e aguardando resultado dos exames.
Em nota, o Ministério da Saúde afirmou que, em 2022, foram notificados dois casos de raiva humana, ambos no município de Bertópolis. Os dois casos são de indígenas (Maxacali) e com histórico de exposição a morcego.
De acordo com a SES-MG, neste ano de 2022, a campanha de vacinação antirrábica animal, canina e felina, será realizada nos meses de agosto e setembro pelos municípios mineiros.
O objetivo da campanha de vacinação antirrábica animal é de estabelecer uma barreira imunológica capaz de interromper a transmissão da raiva nas populações canina e felina de uma comunidade, e consequentemente prevenir o acometimento da população humana pelo vírus da raiva.
Sobre a raiva
A raiva é uma doença infecciosa aguda causada por um vírus que acomete mamíferos, inclusive o ser humano. A transmissão acontece a partir do contato com o vírus pela saliva do animal infectado, que penetra no organismo através da pele ou de mucosas, após a mordida ou arranhão.
A doença é potencialmente fatal, uma vez que envolve o sistema nervoso central, provocando a morte após curta evolução.
Os sintomas da raiva humana incluem mudança de comportamento, inquietude, perturbação do sono, alterações na sensibilidade, queimação, formigamento e dor no local da mordida. A evolução da doença pode levar a quadros de alucinações, acompanhados de febre.
*Com informações de Lucas Rocha, da CNN