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    Mel pode ser melhor para tosse e resfriado do que antibiótico, diz pesquisa

    Produto pode ser uma alternativa mais segura, barata e acessível do que os antibióticos, apesar de ainda serem necessários mais ensaios clínicos controlado

    Rob Picheta, da CNN

    Mel pode ser melhor para tratar tosses e resfriados do que remédios vendidos em farmácias, de acordo com um novo estudo.

    Os pesquisadores disseram que o mel é mais eficaz no alívio dos sintomas de doenças semelhantes à gripe do que remédios comerciais usuais, e pode ser uma alternativa mais segura, barata e acessível do que os antibióticos.

    Eles encorajaram médicos a considerar o uso de mel para pacientes em vez de prescrever antibióticos, que podem causar efeitos colaterais e causar resistência por excesso de uso.

    O mel tem sido usado há muito tempo como um remédio caseiro para tosse, mas sua efetividade em tratar doenças comuns nunca foi amplamente pesquisada.

    Médicos da Escola de Medicina da Universidade de Oxford e do Departamento de Ciências da Saúde de Atenção Primária de Nuffield analisaram as evidências existentes para determinar como os sintomas de infecções do trato respiratório superior (URTIs, em inglês) responderam ao uso do mel.

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    As URTIs são doenças semelhantes ao resfriado comum que afetam o nariz, seios da face, faringe ou laringe. “O mel foi superior ao tratamento usual para a melhora dos sintomas de infecções do trato respiratório superior”, escreveram na revista BMJ Evidence-Based Medicine.

    “Ele fornece uma alternativa amplamente disponível e barata aos antibióticos. O mel pode ajudar nos esforços para retardar a propagação da resistência antimicrobiana, mas são necessários mais ensaios clínicos controlados, de alta qualidade”.

    Os pesquisadores compilaram os resultados de 14 estudos, nove dos quais envolveram apenas crianças. A maioria comparou o mel com tratamentos mais convencionais, como medicamentos vendidos sem receita.

    Quando eles analisaram os estudos que comparavam o mel com um placebo, no entanto, os autores não foram capazes de chegar à mesma conclusão que chegaram ao olhar para os outros estudos comparativos. Eles disseram que mais pesquisas deveriam ser feitas sobre essa comparação.

    Os órgãos de saúde pública do Reino Unido alertaram repetidamente sobre os perigos do uso excessivo de antibióticos. Em 2018, as autoridades britânicas disseram que milhões de procedimentos cirúrgicos podem se tornar fatais se o efeito dos antibióticos diminuir por excesso de prescrição.

    “Como a maioria das URTIs é viral, a prescrição de antibióticos é ineficaz e inadequada”, escreveram os autores do estudo. “No entanto, a falta de alternativas eficazes, bem como o desejo de preservar a relação médico-paciente, contribuem para a prescrição de antibióticos.”

    Um catálogo de pesquisas anteriores provou que o mel tem o poder de matar bactérias. Estudos demonstraram que ele é eficaz contra dezenas de cepas, incluindo E. coli e salmonella.

    Também foi demonstrado que um tipo específico de mel da Nova Zelândia, chamado manuka, e o mel tualang, da Malásia, combatem o Staphylococcus e as bactérias digestivas H. pylori, responsáveis pelas úlceras pépticas.

    E outro estudo com 139 crianças descobriu que o mel fez um trabalho melhor em aliviar a tosse noturna e melhorar o sono do que o popular supressor de tosse dextrometorfano e o anti-histamínico difenidramina.

    (Texto traduzido, clique aqui para ler o original em inglês)

     

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