Médico explica sinais de alerta e prevenção do coronavírus em crianças
Febre alta e dificuldades para respirar indicam que a criança deve ser levada ao médico para evitar problemas de COVID-19
O médico Jair Leme Jr, integrante da coordenação do Fórum de Portadores de Patologias do Estado de São Paulo (FOPPESP), explicou à CNN, nesta terça-feira (17), quais são os sinais de alerta e como prevenir a doença em crianças. Na segunda-feira (16), a Organização Mundial de Saúde (OMS) informou que há registro de morte de crianças entre as vítimas do novo coronavírus, mas não citou números.
O médico ressaltou que a febre alta é o principal diferencial entre uma gripe e ou resfriado e o novo coronavírus. “Sobretudo quando [a temperatura] atinge 38.4 ou 38.6. Nisso os pais têm que ficar de olho e já monitorar a criança para ver como ela vai apresentando esses sintomas”, recomenda.
Outro ponto a ser observado é a respiração da criança. “É um alerta se ela reclamar de dificuldades para respirar ou ficar ofegante, então é importante que se procure cuidados médicos de forma imediata”, orienta.
Para o médico, a decisão de suspensão de aulas em escolas municipais e estaduais é uma medida acertada para diminuir a velocidade da transmissão. “A gente tem a lição da China, que tem suspendido as atividades de uma forma geral”, pontua.
O especialista ainda esclareceu que, embora a informação da OMS tenha gerado pânico em pais e familiares, os dados sobre os efeitos do COVID-19 ainda são preliminares. Contudo, ele afirma que devem redobrar os cuidados apenas os pais e responsáveis por crianças com doenças respiratórias crônicas.
“Em média, 94% das crianças [diagnosticadas com coronavírus] apresentam uma forma da doença, então é muito raro que tenham complicações sérias. Uma parcela, esses 6%, podem desenvolver complicações e doenças de base – asma, bronquite – e nesses casos podem ter complicações”, explica o especialista, citando dados da OMS.