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    Vacinação e medidas restritivas mostram bom resultado em Israel, dizem médicas

    Médica brasileira que vive em Israel comenta que o lockdown é realidade no país que já vacinou mais da metade da população

    Produzido por Renata Souza*, da CNN, em São Paulo

     

    Após dois meses de vacinação em Israel, os efeitos já começam a aparecer. “Aqui as coisas estão começando a abrir, no entanto, com muita cautela”, disse Adriana del Giglio, médica intensivista brasileira que vive em Israel. “Até hoje de manhã, nós estávamos em um lockdown por causa de um feriado, com um ato de recolher noturno. Os números de internações nos hospitais começam a diminuir. A gente consegue ver que os pacientes que estão internados são, em sua enorme maioria, pacientes que não receberam a primeira e a segunda dose”, afirma.

    Para Rosana Richtmann, infectologista do Instituto Emílio Ribas, o bom resultado de Israel tem relação, não só com a rápida vacinação, mas também com a continuidade das medidas de isolamento e de restrição de circulação de pessoas.

    “Eu entendo que a população é menor do que a de São Paulo, mas eles [Israel] se planejaram para isso e, em paralelo, mantiveram as restrições. Se a gente adotar só essas medidas [de restrição], não vai adiantar sem vacina. E, se a gente tiver só a vacina, não vai adiantar sem essas medidas. É o conjunto das coisas que realmente fazem esse resultado ser tão bom”, explica Rosana.

    Já no Brasil, a situação é preocupante. A ocupação dos leitos de UTI é está no limite em diversos estados e há disseminação de novas variantes do vírus. “Quanto mais as novas variantes se propagam, maior é o número de casos e mais lotadas ficam as UTIs”, afirma Richtmann.

    Por isso, o uso de máscaras é imprescindível tanto em Israel — país que mais vacinou a sua população em todo o mundo — quanto no Brasil. “[Em Israel], não existe a possibilidade de sair às ruas sem máscara. As aglomerações estão absolutamente proibidas e, aos poucos, a vida entra em uma, talvez, nova normalidade”, diz Giglio.

    Giglio conta que, por ser médica, foi vacinada no primeiro dia de campanha em Israel, que aconteceu em 20 de dezembro de 2020. Os imunizantes ficaram disponíveis para todos que trabalham em hospitais, independentemente do cargo que ocupam.

    Depois, foi a vez das pessoas acima de 60 anos. Pouco a pouco, foram sendo chamadas outras faixas etárias; e atualmente a vacina está disponível para os jovens. “Agora, a vacina já está liberada para todas as pessoas que estão aqui, sendo cidadãos ou não, acima de 15 anos”, conta.

    (*Supervisão de Eli Franco)

    (Texto publicado por Natália Flach)

     

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