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    Medicamentos de segunda linha têm auxiliado em intubações, diz infectologista

    "Usamos outras medicações na medida que conseguimos reduzir os medicamentos que estão em falta," disse Mauricio Pompilio, infectologista e professor da UFMS

    Produzido por Thiago Felix, da CNN São Paulo

    Com a escassez de medicamentos para o kit intubação no Brasil, médicos começam a buscar alternativas para manter os pacientes sedados. Segundo Mauricio Pompilio, infectologista e professor da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS), explica que uma das maneiras de driblar a falta de produtos é utilizar medicamentos de “segunda linha” em pacientes que já estão estabilizados na intubação.

    “Estamos buscando estratégias de medicamentos ditos de segunda linha que poderiam auxiliar quem já está acoplado na ventilação mecânica. Todas as sociedades de terapia intensiva tem ajudado a dar suporte para outras medicações na medida que conseguimos reduzir os medicamentos que estão em falta,” disse Pompilio.

    O médico explica que são considerados de “segunda linha” aqueles medicamentos que podem ser utilizados, mas às vezes necessitam de dose maior ou apresenta efeitos colaterais que precisam ser monitorados — enquanto os remédios de “primeira linha” são aqueles com melhor efeito comprovado com menor efeito colateral.

     

    Ele ressalta que diferente da falta de medicamentos em outros tratamentos, a intubação necessita de reposição dos fármacos a todo momento para manter o paciente em coma induzido e que com a escassez dos produtos, médicos têm que tomar a decisão de intubar quem tem mais chances de sobreviver.

    “A equipe da UTI precisa todos os dias tomar a decisão de postergar a intubação de um paciente porque o outro tem mais chances de sobreviver e não há remédio para todos.”