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    Máscara provoca maior percepção de dor e raiva por parte do cérebro, diz estudo

    Trabalho foi feito por pesquisadores da Universidade Fernando Pessoa, em Portugal

    Cérebro fica mais atento a procura de padrões faciais
    Cérebro fica mais atento a procura de padrões faciais Kai Pilger/Unsplash

    Ingrid Oliveirada CNN

    Um novo estudo, desenvolvido pelo pesquisador João Alves, sob a orientação do professor Freitas-Magalhães, diretor do Laboratório de Expressão Facial da Emoção (FEELab), da Universidade Fernando Pessoa (UFP), em Portugal, defende que o uso de máscara perturba a comunicação emocional.

    Como a parte inferior do rosto está coberta, o uso de máscara provoca uma percepção da dor e da raiva muito maior por parte do cérebro, que fica alerta ao procurar padrões e expressões faciais.

    O comunicado divulgado pelo FEELab diz que cérebro procura mapear todos os vestígios que permitam identificar as emoções associadas e a máscara interfere nesse processo.

    Assim, “o cérebro procura e intensifica os marcadores da parte superior do rosto”, afirma o professor.

    Freitas-Magalhães explica que o comportamento não é de agora.

    Isso “é ancestral e evolutivo, particularmente reforçando o instinto de mapeamento da dor e da raiva no processo seletivo de sobrevivência.”

    Os resultados confirmam a “prioridade da conduta instintiva do cérebro quando está em jogo a sobrevivência humana”, conclui Freitas-Magalhães.

    O diretor do FEELab também é autor do livro chamado “A Face das Emoções na Pandemia – O Cérebro Perdido”, disponível para venda no Brasil.