Marcelo Queiroga: Objetivo é testar de 10 a 20 milhões de brasileiros por mês
Ministro da Saúde participa da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados
Em audiência pública da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados, na manhã desta quarta-feira (26), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que o objetivo do governo é testar até 20 milhões de brasileiros todos os meses contra o coronavírus.
“O nosso objetivo é testar entre 10 a 20 milhões de brasileiros todos os meses e temos duas estratégias. A estratégia de testar os indivíduos sintomáticos na atenção primária à saúde, e a de testar os indivíduos assintomáticos em locais especificados. Aqueles que são sintomáticos e o teste rápido der negativo, devem fazer o RT PCR. Já aqueles que, mesmo assintomáticos, estejam com o teste positivo, ele já será isolado.”
Queiroga falou também sobre sua atuação na pasta, ao longo dos últimos 60 dias, em prol de garantir o abastecimento de remédios e cilindros de oxigênio no Sistema Único de Saúde, que, segundo dados do ministério, atende 75% dos brasileiros.
“Esse oxigênio é transportado na forma líquida através de carretas que abastecem os grandes hospitais do país. Aqueles que têm tanques adequados para armazenar os insumos a fim de distribuí-los, posteriormente, nos leitos hospitalares.”
Para trazer celeridade à entrega de oxigênio, o ministro fez uma parceria com a maior provedora de gás medicinal para o Brasil e conseguiu aumentar o número de carros.
“No pico desta chamada segunda onda, o ministério da Saúde atuou, em uma parceria com a White Martins, e conseguiu importar 16 caminhões para transporte de oxigênio no Brasil. Caminhões usados que vieram do Canadá e que agora fortalecem o nosso sistema de saúde.”
O setor privado foi enfatizado por Queiroga em relação às doações para o combate à pandemia. “Recebemos doações de concentradores de oxigênio de um grupo de empresários liderados pela Vale”, afirmou. O ministro também apontou o papel de outros países nesta ajuda: “Recebemos doações da Espanha de kits de intubação e de Portugal, de Atropina [remédio utilizado na intubação].”
Marcelo Queiroga disse que a pasta se antecipa para garantir estes insumos e evitar qualquer baixa de estoque em um próximo momento da Covid-19.
“Agora mesmo, através da OPAS [Organização Pan-Americana da Saúde], nós fizemos a compra de 2,5 milhões do ‘kit intubação’. 800 mil itens já estão no Brasil apenas dependentes de aspectos documentais que aguardamos de autoridades americanas para que os kits sejam distribuídos para a população brasileira.”