Manaus faz pedido emergencial para construção de 22 mil covas
Governo do Amazonas anunciou que o estado entrou em alerta roxo, nível que indica o maior risco de contaminação pela doença
Após mais um recorde diário de internações pela Covid-19 em Manaus, o governo do Amazonas anunciou que o estado entrou em alerta roxo, nível que indica o maior risco de contaminação pela doença.
A cidade registrou 177 novas hospitalizações nas últimas 24h e a ocupação de leitos de UTI da rede pública do estado está em torno de 92%, enquanto na rede privada a situação é pior, com hospitais lotados sem nenhum leito de UTI disponível.
O cumprimento das novas regras de restrição é fiscalizado pela polícia. Os serviços não essenciais estão proibidos de funcionar.
Em entrevista à CNN, o prefeito da capital amazonense, David Almeida (Avante), diz que a prefeitura está providenciando a construção, com urgência, de cerca de 22 mil covas.
“Estamos contratando para que de forma emergencial nós possamos garantir que essas famílias possam ter seus entes queridos sepultados de forma digna”, disse.
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“Manaus foi a primeira cidade do Brasil a entrar em colapso na saúde e foi também a primeira a sair. E voltamos a ser a primeira novamente, nesta segunda onda, a entrar neste colapso de atendimento e casos de Covid-19.”
Almeida, que tomou posse em 1º de janeiro, afirma também que, com o Ministério da Saúde e o governo do estado, está trabalhando na ampliação das ofertas de leitos de UTI e investindo na conscientização da população em relação a medidas que evitam a propagação do vírus, como o distanciamento social.
“Os próximos 10, 15 dias serão fundamentais para diminuirmos essa transmissão do vírus na nossa cidade”, disse.
A Defensoria Pública do Amazonas pediu para que o Tribunal de Justiça determine que o governo do estado e a prefeitura de Manaus sejam obrigados a realizar testagem em massa na população para calcular a incidência da Covid-19 na região e tomar medidas efetivas de combate à doença
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(Publicado por Sinara Peixoto)