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    Mais de 50 milhões de aves morrem por surto de gripe aviária nos EUA em 2022

    Mortes de galinhas, perus e outras aves representa o pior desastre de saúde animal norte-americano, superando o recorde de 2015

    Tom Polansekda Reuters , em Chicago

    A gripe aviária matou 50,54 milhões de aves nos Estados Unidos em 2022, tornando-se o surto mais mortal da história do país, mostraram dados do Departamento de Agricultura do país (USDA, em inglês) divulgados na quinta-feira (24).

    A morte de galinhas, perus e outras aves representa o pior desastre de saúde animal dos EUA até hoje, superando o recorde anterior de 50,5 milhões de aves que morreram em um surto de gripe aviária em 2015.

    Muitas vezes, as aves morrem após serem infectadas. Rebanhos inteiros, que podem ultrapassar um milhão de aves em granjas, também são abatidos para controlar a propagação da doença após a detecção de uma ave infectada com o vírus.

    A perda de lotes de aves fez com que os preços dos ovos e da carne de peru atingissem recordes, piorando os problemas econômicos para os consumidores que enfrentam uma inflação em alta e tornando as comemorações do Dia de Ação de Graças, celebrado na quinta-feira, mais caras nos Estados Unidos.

    A Europa e a Grã-Bretanha também estão sofrendo suas piores crises de gripe aviária. Alguns supermercados britânicos racionaram as compras de ovos dos clientes depois que o surto interrompeu os suprimentos.

    O surto nos EUA, que começou em fevereiro, infectou bandos de aves domésticas e não avícolas em 46 estados, mostram dados do USDA. Aves silvestres como patos transmitem o vírus, conhecido como influenza aviária altamente patogênica (HPAI, em inglês), por meio de suas fezes, penas ou contato direto com aves.

    “Aves selvagens continuam a espalhar HPAI por todo o país à medida que migram. Portanto, evitar o contato entre bandos domésticos e aves selvagens é fundamental para proteger as aves domésticas dos EUA”, disse Rosemary Sifford, diretora veterinária do USDA.

    Os agricultores enfrentaram dificuldades para manter a doença e as aves selvagens fora de seus celeiros depois de aumentar as medidas de segurança e limpeza após o surto de 2015. Naquele ano, cerca de 30% dos casos foram atribuídos diretamente às aves selvagens, em comparação com 85% neste ano, disse o USDA à Reuters.

    Funcionários do governo estão estudando infecções em fazendas de perus, em particular, na esperança de desenvolver novas recomendações para prevenir infecções. As fazendas de perus respondem por mais de 70% das fazendas comerciais de aves infectadas no surto, disse o USDA.

    As pessoas devem evitar contato desprotegido com aves que parecem doentes ou morreram, embora o surto represente um risco baixo para o público em geral, disseram os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA.

    (Edição de Jonathan Oatis e Sandra Maler)

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