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    Mais de 370 mil idosos deixaram de se vacinar no Rio de Janeiro

    De acordo com o levantamento, o Rio de Janeiro tem o terceiro pior desempenho de cobertura vacinal entre a faixa etária mais velha do país

    Lucas Janone, da CNN, no Rio de Janeiro

    Apesar do avanço no calendário vacinal contra a Covid-19, um levantamento obtido pela CNN aponta que 373 mil idosos ainda não foram imunizados no estado do Rio de Janeiro. O número representa 12,4% de todos os fluminenses acima de 60 anos, segundo os pesquisadores.

    Os dados fazem parte de um estudo que busca medir os índices de cobertura vacinal entre os estados brasileiros. O levantamento foi desenvolvido por pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e Universidade de São Paulo (USP).

    De acordo com o levantamento, o Rio de Janeiro tem o terceiro pior desempenho de cobertura vacinal entre a faixa etária mais velha do país. Além dos idosos que não se imunizaram ainda, quase 10% das pessoas acima de 60 anos não retornaram dentro do prazo estabelecido para receber a segunda dose. O número representa um grupo de 288 mil pessoas.  

    A pesquisadora da UFRJ, Ligia Bahia, disse à CNN neste sábado (03) que o processo de vacinação no Brasil precisa ser feito de maneira mais organizado para conseguir imunizar toda a população de forma homogênea.    

    “Não podemos deixar ninguém para trás. Os estados e prefeituras querem acelerar o processo de vacinação e o resgate de quem não foi imunizado ainda vai ficando de lado, deixa de ser prioridade. A maioria das cidades brasileiras já vacinam pessoas de 40 anos, mas ainda não conseguiram finalizar a imunização dos idosos, isso é controverso”, ressaltou a pesquisadora da UFRJ.  

    Em nota, a Secretaria de Estado de Saúde (SES), por meio da Subsecretaria de Vigilância e Atenção Primária à Saúde, informa que não teve acesso à metodologia do estudo e, portanto, não tem como comentar os dados citados.

    A SES diz que a gestão da vacinação e o registro de doses aplicadas no Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI), do Ministério da Saúde, são de competência municipal.

    “No entanto, desde o início da campanha de vacinação contra a Covid-19, a Secretaria tem reforçado a importância da atualização do registro das aplicações por parte das secretarias municipais de Saúde, que vêm apresentando dificuldades técnicas ou de pessoal para cadastrar as informações”, diz o texto.

    “Com isto, observou-se a ocorrência de atraso por parte dos municípios na transmissão das informações. Ou seja, as imunizações estão ocorrendo, mas não é possível observar esses números por meio dos números registrados. O assunto será retomado pela SES com os secretários municipais de Saúde na próxima reunião da Comissão Intergestores Bipartites (CIB).”