Maioria das cidades não tem vacina disponível todo dia, diz Conasems
Vice-presidente do Conselho Nacional de Secretarias de Saúde diz que quase diariamente são repassados ao MS relatos de cidades com falta de doses
Embora estados e capitais estejam antecipando as datas de vacinação contra a Covid-19, a vice-presidente do Conasems (Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde), Cristiane Pantaleão, disse à CNN, que ainda faltam doses de vacina na maioria dos municípios brasileiros.
“A gente sabe que a maior parte dos municípios do país ainda não tem vacinas todos os dias disponíveis. Isso a gente acompanha diariamente. O Conasems também acompanha de maneira tripartite a distribuição das doses.”
Pantaleão afirma que a escassez de doses é um problema geral e o difere de cidade para cidade é a maneira como está sendo feita campanha.
“Hoje falta vacina em todo o país. Por mais que a gente saiba que alguns municípios ainda estão vacinando, isso é devido à programação que foi feita. A gente tem o PNI [Programa Nacional de Imunização] e os municípios, desde que sigam este plano, têm autonomia para vacinar. Então, uns ainda estão imunizando determinados grupos, outros já avançaram em idades. Dependendo de como o município planeja a vacinação ele tem ainda ou não a vacina em estoque.”
A vice-presidente disse que o Conselho tem o dever de saber em tempo real a situação dos municípios, através de relatos de seus secretários de saúde, e repassar quase que diariamente ao Ministério da Saúde. “Todas as situações que o país vive devido à falta de vacina a gente passa diariamente para o Ministério da Saúde.”
Pantaleão disse que o órgão não tem poder de execução, mas o de cobrança e monitoramento.
“A gente consegue saber em tempo real os problemas que estão acontecendo no país inteiro e é isso que a gente faz. Levanta os problemas e repassa para conseguir um pouco mais de agilidade nesse processo de fabricação e distribuição.”
A respeito do adiantamento da aplicação das doses anunciada por diversos governadores, Cristiane Pantaleão diz que esta programação é embasada na capacidade que as cidades e suas unidades de saúde têm para aplicar as doses. No entanto, ela lamenta e afirma que infelizmente ainda não foi possível avançar da maneira como gostariam.
“As equipes de saúde estão preparadas, mas as doses ainda não chegaram em todos os municípios, então é por isso que estamos ansiosos aguardando.”