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    Maior problema do HIV hoje não é a doença, é o preconceito, avalia sanitarista

    À CNN Rádio, Sérgio Zanetta afirmou que o Brasil é um “exemplo internacional” no tratamento da Aids

    Amanda Garciada CNN , São Paulo

    “Hoje o maior problema do vírus HIV e da ameaça da Aids não é a doença, é o preconceito”. Esta é a avaliação do médico sanitarista e professor de Saúde Pública do Centro Universitário São Camilo, Sérgio Zanetta.

    Em entrevista à CNN Rádio, no CNN No Plural, nesta terça-feira (1º), Dia Mundial de Combate à Aids, ele avaliou que “apesar de não termos vacina ou cura para a doença, podemos manter a vida da pessoa normal, nosso maior problema, que é recorrente, remasterizado ao longo do tempo, é o velho preconceito.”

    Zanetta explicou que o preconceito faz com que as pessoas hesitem em procurar tratamento – que avançou consistentemente nos últimos 40 anos – e mesmo testagem.

    “Se teve relação em que pode ter havido contaminação, a pessoa deve testar, e mesmo regularmente deve se submeter à testagem”, disse.

    O sanitarista garantiu que, com o uso dos antirretrovirais, que hoje são em dois comprimidos por dia, a pessoa infectada “vai ter qualidade e quantidade de vida tão boa quanto qualquer outra pessoa.”

    O médico acredita que o Brasil é um “exemplo internacional” de combate à Aids, com acesso amplo aos medicamentos contra o HIV no Sistema Único de Saúde (SUS). “Todo o arcabouço de combate foi o SUS que colocou de pé, a estratégia solidária de tratamento e não deixar ninguém de fora.”

    “Quem trata HIV positivo e Aids, é a rede pública, o SUS, que emprega milhões de reais de recursos para promover um quadro sanitário de tratamento de todas as pessoas, mesmo as que têm atendimento privado, os remédios, que são a parte cara, são inteiramente distribuídos pelo SUS”, elogiou.

    Segundo Zanetta, mais de 90% das pessoas que testam positivo para o HIV são tratadas com drogas antirretrovirais e podem ficar livres do vírus circulante – ele continua no organismo, mas em quantidade mínima, indetectável, e “pode levar vida absolutamente normal.”

    Produção de Talita Amaral e Letícia Vidica

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