Laboratório sobre Sputnik V: Brasil é prioridade, mas quem dita ritmo é Anvisa
Representantes da União Química, responsável pela produção da vacina russa no Brasil, vai iniciar produção para vender para outros países
Representantes da União Química, laboratório que produzirá a vacina Sputnik V no Brasil, estão a caminho da Rússia para tratar de procedimentos industriais, a chamada transferência tecnológica, que é aprender a fazer a vacina no Brasil, mas, em um primeiro momento, para imunizar argentinos, bolivianos e russos, por exemplo.
Na sexta-feira, o laboratório, que possui 9 fábricas no Brasil, sendo 2 em Brasília, vai começar a produzir a vacina em solo brasileiro para vendê-la a outros países.
Leia também:
Vacinação contra Covid-19 pode ser antecipada em SP, diz Doria
Dados da Coronavac enviados à Anvisa estavam completos, diz secretário de SP
Vacinação contra Covid-19 não garante imunização imediata; entenda o motivo
“Nossa prioridade absoluta é o Brasil, mas quem dita nosso ritmo por aqui é a Anvisa”, afirmou à CNN, nesta segunda-feira, o diretor de Negócios da União Química, Rogerio Rosso.
A empresa pediu à Anvisa a validação da fase 3 dos testes. A resposta ainda não veio. Somente após isso, é que o laboratório vai pedir o uso emergencial do imunizante.
Vários países já concederam essa liberação temporária. É o caso da Rússia, Argentina, Bolívia, Sérvia, Argélia e Bielorrússia, de acordo com a fabricante. Há expectativa de que nesta semana a vacina consiga os primeiros registros definitivos lá fora também.