João Gabbardo explica testes de vacina contra Covid-19 em São Paulo
Inicialmente a aplicação será exclusiva para profissionais de saúde, mas será direcionada para outras pessoas quando começar a fase clínica
Ex-secretário executivo do Ministério da Saúde na gestão de Luiz Henrique Mandetta e atual coordenador executivo do Centro de Contingência da Covid-19 de São Paulo, João Gabbardo explicou como devem ser realizados os testes com as vacinas contra o novo coronavírus no estado.
Leia e assista também:
Qual a diferença entre a vacina de Oxford e a do Butantan? Médica responde
RJ inicia testes com vacina de Oxford; especialista explica procedimento no país
Grupo chinês diz que vacina contra Covid-19 mostra completa eficácia
Em entrevista à CNN, nesta segunda-feira (29), ele disse que, inicialmente, a aplicação será exclusiva para profissionais de saúde, mas será direcionada para outras pessoas quando começar a fase clínica –realizada pelo Instituto Butantan.
“Ela vai ter um perfil de pessoas que não serão somente os trabalhadores da área da saúde e disponibilizada em vários locais do país. Nessa fase, será divulgada a forma para que as pessoas possam se submeter para serem voluntárias”, esclareceu.
Gabbardo afirmou que ainda há poucas pessoas que já apresentam anticorpos contra o novo coronavírus, o que pode aumentar o risco de uma segunda onda de contágio. No entanto, ele assegurou que esse não é o cenário esperado para São Paulo. “Isso é possível, mas não é o que os indicadores apontam para a situação”, concluiu.
Vacina mais tradicional
À CNN, a infectologista Rosana Richtmann, do Instituto de Infectologia Emilio Ribas, em São Paulo, e do Grupo Santa Joana, falou sobre a vacina do Butantan.
Segundo ela, trata-se de uma vacina “mais tradicional do ponto de vista de tecnologia, que nós já conhecemos em outras situações como a da gripe”. “Neste caso se usa um vírus inativo, morto, e se requer, pelo menos, duas doses”, informou.
(Edição: Paulo Toledo Piza)