Isolamento social duraria até 2 anos sem vacina, estima Ministério da Saúde
Dados contidos no relatório da pasta apontam que, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 40% das pessoas têm a forma leve ou moderada da doença
O plano nacional de imunização entregue pelo Ministério da Saúde neste sábado (12) ao Supremo Tribunal Federal (STF) estima que, para interromper a transmissão do novo coronavírus no Brasil sem vacinação e evitar também um colapso do sistema público de saúde, seria necessário adotar medidas de isolamento social por até dois anos, o que, de acordo com o relatório da pasta, resultaria “em impacto econômico e social para o país”.
“Para minimizar esse impacto, diversos países e empresas farmacêuticas estão empreendendo esforços na produção de uma vacina segura e eficaz contra a Covid-19”, relata o ministério.
Dados contidos no relatório apontam que, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 40% das pessoas têm a forma leve ou moderada da doença, mas aproximadamente 15% delas desenvolvem a forma severa do novo coronavírus e, por isso, precisam de suporte de oxigênio.
“Tem-se ainda que 5% da população que é afetada com a forma crítica da doença e pode vir a desenvolver além das complicações respiratórias, complicações sistêmicas como trombose, complicações cardíacas e renais, sepse e choque séptico”, afirma a pasta.
Entrega ao STF ocorre após cobrança
O governo cumpriu decisão após a inclusão na pauta do Supremo Tribunal Federal de ação que pedia a divulgação do Plano Nacional de Imunização.
No último dia 25 de novembro, o ministro Ricardo Lewandowski apresentou voto antecipado a favor de que o governo apresentasse o plano em 30 dias, pressionando o governo.
O documento tem 96 páginas e detalha como será a vacinação proposta pelo governo federal.
A CNN teve acesso em primeira mão ao Plano Nacional de Imunização contra a Covid-19 nesta quarta-feira (9).