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    InfoGripe aponta continuidade do aumento de casos de síndrome respiratória grave

    Média móvel apresentou alta de 23% em relação à primeira semana epidemiológica

    Stéfano Sallesda CNN , no Rio de Janeiro

    Divulgada nesta sexta-feira (21), a nova edição do Boletim InfoGripe, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), revela crescimento significativo de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) nas tendências de curto prazo (que considera as últimas três semanas) e de longo prazo (seis semanas).

    O número de novos casos estimados de SRAG passou de 15,8 mil, na primeira semana de janeiro, para 19,3 mil na segunda, que compreende o período entre os dias 9 e 15. A média móvel passou de 13 mil casos semanais para 16 mil, uma elevação de 23% em relação à primeira semana epidemiológica.

    O levantamento informa que 26 das 27 das unidades da federação apresentam sinal de crescimento na tendência de longo prazo. Roraima, no Norte do país, é o único estado que apresenta estabilidade.

    Com relação às capitais, o cenário se repete em 24 das 27 cidades. Não há sinais de crescimento apenas em Boa Vista, Rio de Janeiro e Salvador. Contudo, a capital fluminense enfrenta tendência de crescimento no curto prazo. Para a capital baiana, o boletim recomenda “cautela em relação aos dados atuais e revisão dos registros para confirmação do cenário”.

    A publicação enfatiza que, na maioria dos dados estaduais, as capitais com tendência de crescimento iniciaram o processo de elevação antes da semana que vai entre 26 de dezembro e 1º de janeiro, o que mostra que o movimento é anterior às festas de fim de ano.

    Em 2022, foram notificados 11,4 mil casos de SRAG. Deste total, 28,4% testaram positivo para algum vírus respiratório. No conjunto dos positivados, 64,4% foram de Covid-19, 22,6% para Influenza A, 3,6% de vírus sincicial respiratório e 0,2% de Influenza B.

    Na edição anterior do boletim, divulgada em 15 de janeiro, os pesquisadores detectaram um aumento de 135% na média móvel de casos de SRAG entre as três semanas finais de novembro e as três semanas encerradas em oito de janeiro. Um número àquela altura considerado preocupante pelos especialistas, e que já refletia o avanço da variante Ômicron no país.

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