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    Impasse pode atrasar vacinação, diz secretário de SP sobre Coronavac

    "Quando isso acontece, é como se tivéssemos um gol contra no primeiro tempo", disse Jean Gorinchteyn à CNN

    Guilherme Venaglia, da CNN, em São Paulo



     

    O secretário de Saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn, afirmou à CNN neste sábado que o impasse com o governo federal a respeito da Coronavac pode atrasar a vacinação de brasileiros para a Covid-19.

    “Isso [prazo] vai depender dessas discussões. Esse é o grande problema. Se nós não tivéssemos essas discussões em curso, era possível que já no início de janeiro nós estivéssemos iniciando esse esquema vacinal. Frente a todas essas adversidades, talvez nós tenhamos um atraso para iniciar essa vacinação”, disse o secretário, entrevistado pelos âncoras Daniela Lima e Diego Sarza.

    “Enquanto nós tivermos fatores interferentes, nós teremos dificuldade de planejamento cronológico, de tempo para inserir essa vacina para os brasileiros.

    “O nosso objetivo é imunizar brasileiros e não apenas os brasileiros de São Paulo”, afirmou o secretário, 

    O médico afirmou que o governador João Doria (PSDB) foi procurado por outros governadores para a possibilidade de compra de vacinas, diante da resistência do Ministério da Saúde em incluir a vacina testada pelo Instituto Butantan em parceria com a Sinovac no Programa Nacional de Imunização.

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    O secretário de Saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn (24.out.2020)
    O secretário de Saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn (24.out.2020)
    Foto: Reprodução/CNN

    “Por questão de reserva, não podemos falar os estados, mas não são poucos”

    Gorintcheyn classificou como um “gol contra” o conflito em torno da vacinação deflagrado com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). “Quando isso acontece, é como se tivéssemos um gol contra no primeiro tempo. Nós estamos indo ainda para o segundo, tem muito jogo pela frente”, disse o secretário.

    Questionado sobre os investimentos feitos em uma vacina que não está comprovada, Jean Gorinchteyn defendeu a postura do governo de São Paulo citando os aportes do Ministério da Saúde na vacina em teste pela Universidade de Oxford.

    6 milhões de doses

    Nesta sexta-feira (23), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou o Instituto Butantan a importar 6 milhões de doses prontas, preparadas pela chinesa Sinovac. Até que a Coronavac esteja autorizada pela Anvisa, o Butantan deverá armazená-las e não vai poder fazer a vacinação.

    Em entrevista à CNN, o presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas, estimou que esse primeiro carregamento chegue ao país em duas semanas.

    Segundo o secretário Jean Gorinchteyn, não há possibilidade de a vacina ser aplicada sem a devida autorização da agência. “Ninguém será vacinado se essa chancela de vacinação, de segurança, estiver cravada. Não colocaremos nenhum cidadão em risco”, disse o médico.

    Gorintcheyn afirmou ter a expectativa de que a decisão da Anvisa será tecnica e não levará em conta as divergências políticas entre o governo federal e o de São Paulo. “Nós acreditamos, pelo histórico da Anvisa e pela relação que temos com os técnicos e com a diretoria, que as coisas continuarão da mesma forma”, disse.

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