‘Ignorar possibilidade de comprar vacina da Pfizer é um crime’, diz ex-Anvisa
Imunizante deve ser mantido em uma temperatura ultrafria, de -70ºC
O ex-presidente da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) acredita que seria um crime ignorar a possibilidade de compra da vacina da Pfizer/BioNTech, mesmo com a dificuldade de conservação do imunizante, que deve ser mantido a uma temperatura ultrafria, de -70ºC.
As empresas criaram um cooler próprio, monitorado por GPS e preenchido com gelo seco, para distribuí-la.
Assista e leia também:
Vice-presidente da SBI ressalta tecnologia de vacinas para uso emergencial
Indústria pede sete meses para produzir seringas de vacinas no Brasil
Temperatura, doses e preço: o que se sabe sobre a vacina de Pfizer
Pfizer diz que Brasil tem poucos dias para definir compra de vacina
“A solução proposta pela Pfizer permite que a gente pense. O produto sai da fábrica a -80ºC e em contêiner com gelo seco, onde pode ficar 15 dias. E mais 5 dias em geladeiras comuns de 2ºC a 8ºC graus. Isso permite pensar numa logística que seja adequada em boa parte do Brasil”, argumentou.
“Colocar fora da possibilidade a compra da vacina da Pfizer acho que é ruim, um crime. Se ela [Pfizer] está oferecendo vacina, como eu não vou ter um número suficiente da Coronavac e nem da Astrazeneca [da Universidade de Oxford], nós teríamos que contar com a vacina da Pfizer”, concluiu.
(Publicado por Sinata Peixoto)