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    Governo chinês reduz quantitativo de insumos para a produção da Coronavac

    Ministério da Saúde foi informado de que haverá redução no lote previsto para chegar ao país no próximo dia 26

    Kenzô Machida e Tainá Falcão, em Brasília e em São Paulo

    Um dia após o anúncio da liberação de 4 mil litros de matéria-prima para retomar a produção da Coronavac, o Ministério da Saúde foi informado de que haverá redução no lote previsto para chegar ao país no próximo dia 26.

    A quantidade confirmada pelos chineses é de apenas 3 mil litros de IFA, mil a menos do que o anunciado ontem (17) pelo Instituto Butantan e pelo governo de São Paulo. A retificação foi feita ao Ministério da Saúde nesta terça-feira (18) pelo Instituto Butantan.  

    Com a redução no quantitativo da matéria-prima, o Butantan fez um novo cálculo para a entrega de vacinas ao Plano Nacional de Imunizações (PNI) e, agora, prevê ofertar 5 milhões de doses do imunizante, não mais 7 milhões, como previsto no começo da semana.

    Fontes do Butantan informaram que ainda trabalham para conseguir reverter a decisão junto as autoridades chinesas.

    A produção da Coronavac está paralisada desde quarta-feira (12) por causa da falta dessa matéria-prima. Inicialmente, o governo de São Paulo esperava receber autorização para embarque de dez mil litros de insumo, quantidade suficiente para produzir 18 milhões de doses.

    Novos lotes do IFA chegam ao Brasil
    Novos lotes do IFA chegam ao Brasil
    Foto: Riogaleão/Divulgação.

    Em entrevista a CNN, o governador de São Paulo, João Doria, disse que com a demora na entrega do IFA, o Brasil deixou de receber dez milhões de doses da Coronavac.

    “São duas semanas sem vacinas e nós poderíamos ter neste período de duas semanas pelo menos 10 milhões de doses da vacina para aplicar no braço de quem precisa”, disse.

    O Butantan tem dito que fará esforço extra para entregar doses previstas para junho, mas já alertou sobre a possibilidade de atrasos. O prazo estabelecido em contrato com ministério da Saúde é de entrega de 54 milhões de doses até setembro. O governo de SP chegou a anunciar que a quantidade seria disponibilizada com um mês de antecedência, portanto, em agosto, mas diante de novos atrasos, desconsiderou a previsão. Outras 30 milhões de doses foram solicitadas ao Butantan na gestão Pazuello, mas avaliação de técnicos do Instituto é de que o terceiro lote só poderá ser discutido após cumprimento do que já está em contrato.  

    O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, tem negado a possibilidade de “entrave diplomático” com a China e a área técnica da pasta credita os atrasos ao avanço da vacinação no país, o que pode ter gerado escassez de insumos para o exterior.

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