Governador critica demora em importação da Sputnik; Anvisa analisa nesta segunda
De acordo com Wellington Dias, a Agência brasileira faz exigências que não estão previstas em lei
O governador do Piauí, Wellington Dias (PT), afirmou neste domingo (25) que o Brasil não deve receber o lote de abril da vacina Sputnik V e atribuiu a demora na liberação da licença de importação do imunizante à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
De acordo com Dias, presidente do Consórcio Nordeste, a Anvisa faz exigências que não estão previstas em lei. Com o baixo número de vacinas no Brasil, o Consórcio de Governadores do Nordeste tenta se movimentar para trazer 66 milhões de doses da Sputnik V ao país.
“A Lei prevê que seja apresentado a certificação por uma agência reguladora, entre as 16 ali citadas. E isso foi feito pelos estados”, afirmou Dias.
Na última terça-feira, o Piauí solicitou autorização ao Supremo Tribunal Federal (STF) para importar doses da Sputnik V. Os estados do Amapá, Ceará e Maranhão também fizeram o mesmo pedido à Corte. Maranhão e Ceará já conseguiram decisão liminar para a importação da vacina caso a Anvisa não analise os pedidos dentro do prazo de 30 dias.
Especialistas da Anvisa terminam neste sábado (24) uma visita de inspeção nas empresas Generium e UfaVita, que participam da produção da Sputnik V. Um deles, o secretário-executivo do Consórcio Nordeste, Carlos Gabas, que chegou da Rússia nesta madrugada, afirmou que “toda a questão de logística de transporte, de entrega e distribuição da vacina” já está resolvida.
Em nota, a Avisa afirma que, na ausência do relatório técnico de avaliação de uma autoridade sanitária internacional, o prazo de decisão da agência ocorrerá em até 30 dias.
Nesta segunda-feira (26), a Agência vai reunir a diretoria colegiada para analisar os pedidos de importação da Sputnik V, vacina russa desenvolvida pelo Instituto Gamaleya contra a Covid-19
.A Anvisa marcou ainda outra reunião, desta vez na terça-feira (27), para apreciar o pedido de uso emergencial da “combinação dos medicamentos biológicos Bamlanivimab e Etesevimab, do laboratório Eli Lilly do Brasil Ltda”.