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    Gorinchteyn reforça pedido por vacinação de atrasados, mas descarta exigir máscaras em SP

    Atualmente, São Paulo tem 2,7 milhões de faltosos da segunda dose, e mais de 10 milhões que não tomaram a dose de reforço, informou o secretário de Saúde

    Isabela Moya, do Estadão Conteúdo

    O secretário estadual de Saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn, reforçou nesta quinta-feira (2) em entrevista à “Rádio Eldorado”, o pedido para que pessoas com esquema vacinal atrasado se vacinem contra a Covid-19. O estado vive um cenário de alta de casos e internações, ainda que patamar atual seja bem menor do que o na época do pico da Ômicron.

    Atualmente, São Paulo tem 2,7 milhões de faltosos da segunda dose, e mais de 10 milhões que não tomaram a dose de reforço, informou o secretário.

    Gorinchteyn disse ainda que o perfil dos pacientes hospitalizados mudou. “Os internados são, normalmente, pessoas que não tomaram as doses completas da vacina, idosos ou pessoas com comorbidades”, afirmou. “Antes, metade dos pacientes estava internada nas UTIs; hoje em dia, é 20%. E dos pacientes em UTI, o tempo de estadia é menor e a gravidade é menor também”, completa.

    Sobre a recomendação da prefeitura da capital às escolas de que alunos voltem a usar máscaras no ambiente escolar, o secretário de saúde do Estado avaliou a sugestão como acertada. “Hoje, 83% das crianças de 5 a 12 anos estão com a primeira dose, e apenas 55% com a segunda dose. É importante que os pais levem os filhos para receber a segunda dose, para que possam atingir a meta (de 90% com as duas doses) no setor infantil também”, avalia.

    A respeito da subnotificação de casos de Covid-19, Gorinchteyn afirmou que o número de casos subnotificados é incalculável, porque muitas pessoas não fazem testes e pelos sintomas estarem sendo mais leves atualmente, podendo ser confundidos com outras doenças.

    Volta do uso obrigatório de máscaras não está no radar do governo

    Gorinchteyn disse que, apesar da alta de casos da Covid-19 e da chegada de temperaturas mais baixas –o que favorece a circulação de vírus respiratórios, também pelo fato de as pessoas se aglomerarem mais em ambientes fechados e não arejados–, o governo não pretende, por enquanto, retomar a obrigatoriedade do uso de máscaras em lugares fechados. O secretário avalia a recomendação como pertinente e suficiente.

    Segundo Gorinchteyn, o que poderia orientar possíveis ações mais restritivas por parte do governo do Estado seria um porcentual de internações acima de 70%. Atualmente, São Paulo está com 32% dos infectados internados, segundo o secretário.

    “O número de internações é o melhor método para nos balizarmos, porque é um dado real das últimas 24 horas que mostra a circulação do vírus e o impacto dele na sociedade”, disse. “Tivemos um aumento de 80% no número de casos recentemente, e elevação de 40% nas internações. A despeito desses 40%, o número de internações é quase 80% menor do que na época do pico da Ômicron”, concluiu.

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