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    Gorinchteyn: É preciso chancela da Anvisa independentemente da origem da vacina

    Secretário de Saúde de São Paulo fala à CNN sobre embate entre o governo estadual e o governo federal por conta da Coronavac

    Da CNN, em São Paulo*

    Em entrevista à CNN nesta sexta-feira (23), Jean Gorinchteyn, secretário de Saúde de São Paulo, falou sobre a corrida pela vacina contra o novo coronavírus e o embate entre o governo estadual e o governo federal sobre a Coronavac, desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan (SP).

    “Oito das vacinas que temos aqui são de fora, são da região da Ásia, especialmente da Índia. 95% da cloroquina, ivermectina, que foram usadas agora de forma inadvertida para o coronavirus, vieram da China”, argumenta. 

    “O que nós temos que ter, independentemente da origem dessas vacinas ou medicações, é a chancela de um órgão de vigilância sanitária, no caso a Anvisa“.

    Na segunda-feira (19), por meio de um ofício enviado pelo ministro Eduardo Pazuello a Dimas Covas, diretor-geral do Instituto Butantan, o Ministério da Saúde havia formalizado a intenção de comprar 46 milhões de doses da vacina Coronavac.

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    Jean Gorinchteyn, secretário de Saúde de São Paulo
    Jean Gorinchteyn, secretário de Saúde de São Paulo
    Foto: CNN (23.out.2020)

    Na terça-feira (20), após reunião com governadores, o ministério definiu a compra das doses da Coronavac. A decisão foi anunciada depois que técnicos do Butantan viajaram a Brasília para apresentar à pasta informações sobre o imunizante. 

    Na manhã de quarta-feira (21), porém, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou a apoiadores, em comentários em perfis que mantém nas redes sociais, que não compraria a vacina

    “[A Anvisa] vai avaliar todos os ritos, segurança, e nenhuma vacina será utilizada em ninguém se não tiver passado por esses ritos de segurança e liberação da própria Anvisa”, afirma Gorinchteyn.

    O secretário lembra ainda que a Coronavac está em uma fase “muito adiantada”, além de, entre todos os imunizantes que vêm sendo produzidos contra a Covid-19, ter apresentado menos efeitos colaterais. “E em nenhum momento apresentou qualquer interrupção do estudo por algum evento adverso grave”.

    (*Com informações de Murillo Ferrari, da CNN, em São Paulo. Edição: Sinara Peixoto)